ABBOCATO: Abocado em italiano.
ABRIR: Diz-se que o vinho abre quando há aumento das características, sobretudo do aroma.
ABRUZZO: Região produtora da Itália que usa as cepas Montepulciano e Trebbiano. Lar do famoso vinho Montepulciano d’Abruzzo.
ABOCADO: Vinho moderadamente doce, com baixa quantidade de taninos.
ACERBO: Vinho jovem, ácido, tânico, duro.
ACIDEZ: Sensação provocada por substâncias como o vinagre e o limão, no vinho pelo ácido tartárico natural das uvas. Em enologia, a acidez de um vinho se refere à sensação agradável de frescor provocada pelos ácidos nele contidos. Quando correto, provoca salivação e mantém sua estrutura. É buscado nos vinhos brancos.
ACIDEZ FIXA: Conjunto dos ácidos orgânicos provenientes da fruta, como o ácido málico, ácido tartárico e ácido lático.
ACIDEZ REAL: Intensidade de acidez expressa em ph [potencial hidrogeniônico] que varia entre 0 e 7. O ph dos vinhos deve estar entre 2,8 e 3,9, indicando um ph ácido.
ACIDEZ TOTAL: Soma da acidez volátil com a acidez fixa.
ACIDEZ VOLÁTIL: Acidez desagradável provocada pelos maus ácidos do vinho, o que origina o odor de vinagre. Pode ser resultado da falta de cuidado durante a vinificação e aumenta conforme a idade do vinho. É aceito apenas em taxas menores a 0,9 g/l na produção e 1g/l no varejo
ÁCIDO: Diz-se dos vinhos com elevada acidez.
ÁCIDO ACÉTICO: Ácido existente em pequenas quantidades em todos os vinhos, produzido por bactérias que estragam o vinho, transformando-o em vinagre.
ÁCIDO ASCÓRBICO: Antioxidante usado imediatamente antes do engarrafamento, cuja eficiência se deve a presença de Anidrido Sulfuroso (SO2).
ÁCIDO CÍTRICO: Ácido presente nas frutas cítricas. Sua presença nas uvas é muito baixa e quase desaparece no processo de vinificação. As cepas brancas são mais ricas que as tintas, principalmente as atingidas pela podridão nobre. Existe regulamentação para adição deste ácido ao vinho, para dar um pouco de acidez aos muito moles.
ÁCIDO LÁTICO: Resultado da fermentação malolática que torna os vinhos mais macios.
ÁCIDO MÁLICO: Ácido incolor que está presente nas uvas antes de sua maceração, mas resiste ao mosto e ao próprio vinho. Transforma-se em ácido lático durante a fermentação malolática.
ÁCIDO SUCCÍNICO: Formado pelas leveduras, está presente em toda fermentação alcoólica. Dá ao vinho sabores amargos, salgados e ácidos.
ÁCIDO TARTÁRICO: Ácido da fermentação que está presente em grande quantidade nos vinhos. Também usado como ingrediente de preparações de pastelaria.
ACÍDULO: Diz-se do vinho com acidez excessiva.
ACONCÁGUA: Região produtora de bons vinhos tintos no Chile, dividida em três sub-regiões: Vale de Aconcágua, Vale de San Antonio e o mais expressivo o Vale de Casablanca.
ACONCÁGUA, Vale de: Ver Vale de Aconcágua.
ACRE: Sensação desagradável provocada pelo vinho excessivamente tânico e ácido.
AÇÚCAR: Cristais de sacarose e frutose extraídos das frutas, responsável pela sua doçura e age como conservante, inibindo o crescimento de germes.
AÇÚCAR RESIDUAL: É o açúcar não transformado em álcool durante a fermentação, o qual continua no vinho, dando o caráter seco, suave ou doce.
ADAMADO: Diz-se dos vinhos brancos suaves, próprios para o consumo das damas.
ADEGA: Local onde se fabrica ou se guarda o vinho.
ADELAIDE: Grande cidade da Austrália.
ADELAIDE HILLS: Região vinícola da Austrália, onde se produz bons espumantes a partir de Chardonnay e Pinot Noir, a exemplo da região da Champanhe.
ADOCICADO: Diz-se do vinho doce e com baixa acidez, geralmente desequilibrado.
ADSTRINGÊNCIA: Sensação de rudeza no paladar, sentido na parte superior da língua. Essa sensação é gerada pelos taninos, buscada nos vinhos tintos, muito presente nos envelhecidos em contato com madeira. Além da uva, o caju e a banana verde dão esta sensação.
ADSTRINGENTE: Diz-se dos vinhos com adstringência, vinhos tânicos.
AERAR: Expor o vinho ao ar para permitir que os aromas mais complexos de um vinho envelhecido sejam liberados ou amenizar a aspereza de um vinho jovem.
AFINADO: Bem envelhecido, maduro, equilibrado.
ÁFRICA DO SUL: País africano que integra o chamado Novo Mundo, ao lado de Brasil, Austrália, Nova Zelândia e outros produtores fora da Europa. Teve a produção de vinhos de qualidade iniciada na segunda metade do Século XX. Na década de 1970 surgiram suas regiões demarcadas que são: Região Litorânea, Breede River Valley, Klein Karoo e Olifantsriver. Três distritos não fazem parte de nenhuma região, são: Overberg, Piketberg e Douglas. 55% dos vinhedos do país são de cepas brancas, com a chenin blanc sendo a mais cultivada. Nas tintas a cabernet sauvignon tem 15%, a shiraz 9% e a pinotage e a merlot têm 7% cada.
AGLIANICO: Cepa tinta italiana da região de Basílicata, presente no famoso vinho Aglianico Del Vulture.
AGRAFE: Lâmina curva de metal usada para manter a rolha na garrafa de champagne no processo de segunda fermentação. É retirada para a degola e arrolhamento.
AGRESSIVO: Diz-se do vinho com características gustativas muito pronunciadas.
ÁGRIO: Vinho com sabor desagradável, com acidez alta demais, que lembra o limão.
ÁGUA SANTA: Cepa tinta do Dão.
AGUARDENTE DE BAGAÇO: Aguardente feita a partir do bagaço da uva, como a Bagaceira e a Grappa.
AGUARDENTE VÍNICA: Aguardente feita a partir da destilação de um vinho, sendo os mais famosos o cognac e o armagnac.
AGULHA: Sensação de picada na língua, ácida e efervescente produzida por certos vinhos espumantes e pelo vinho verde.
AHR: Região vinícola do nordeste da Alemanha, onde são produzidos muitos vinhos, com destaque para os tintos das castas Spätburgunder, Portugieser e Pinot Noir.
AHRWEILER: Vinho tinto alemão produzido na região de Ahr.
AIRÉN: Uva branca espanhola, da região da Mancha, de baixa qualidade, mas muito difundida.
ALAMEDA: Sub-região vinícola da Califórnia, produtora de vinhos brancos.
ALAVESA: Um dos melhores vinhos de Rioja.
ALBANA: Cepa tinta da região italiana da Emília Romana.
ALBANA DI ROMAGNA: Mais importante vinho da região Emilia-Romagna.
ALBARINO: Casta branca da Espanha, a mesma Alvarinho.
ALBILO: Casta regional de Jerez de La Frontera.
ALCATROADO: Com aroma ou sabor de alcatrão.
ÁLCOOL: Componente essencial do vinho, derivado do açúcar após a fermentação.
ÁLCOOL ETÍLICO: Resulta da fermentação do açúcar e, junto com a água, é a substância mais abundante no vinho.
ÁLCOOL METÍLICO: Substância de grande nocividade para a saúde, pois pode provocar cegueira e até a morte. Sua presença no vinho em doses maiores que 0,5 gramas por litro é muito perigosa.
ALEATICO: Casta da variedade Moscatel, cultivada na Itália, para vinhos tintos doces.
ALEATICO DI PORTOFERRAIO: Vinho de sobremesa, doce e vermelho, produzido na Ilha de Elba (Mediterrâneo).
ALEATICO DE PUGLIA: Vinho doce, forte e escuro, produzido na província de Puglia.
ALELLA: Vinho branco da Catalunha.
ALEMANHA: País do norte da Europa, onde o clima frio dificulta uma boa maturação, especialmente das uvas tintas. Os melhores vinhedos se localizam no oeste e sul do país, especialmente nos vales dos rios. Está dividido em 13 Anbaugebiete, regiões produtoras oficiais, sendo as mais importante e de maior destaque: Arh e Mittelrhein, Mittelrhein, Mosel, Saar-Ruwer, Rheingau, Nahe, Kreuznach, Rheinhessen, Pfalz, Fraken, Baden e Rheinterrace.
ALENTEJO: Importante região vinícola de Portugal, onde são produzidos ótimos vinhos, como Pêra Manca, Cartuxa e Herdade do Esporão. As principais uvas da região são: Trincadeira, Aragonês, Alicante, Moreto, Castelão Francês, Cabernet Sauvignon, Semilón e Petit Verdot.
ALFROCHEIRO PRETO: Cepa tinta do Dão.
ALGARVE: Região demarcada portuguesa, cujas uvas sofrem influência do ar marinho.
ALICANTE: Cepa tinta espanhola.
ALICANTE: Vinho tinto espanhol, conhecido desde a Renascença pelo nome de Tent.
ALICANTINA: Outro nome da cepa alicante.
ALIGOTÉ: Uva branca da Borgonha, que fornece um vinho bom, mas que não deve envelhecer, pois tende a oxidar em três anos.
ALMADÉN: Vinho brasileiro, produzido pela Miolo no Rio Grande do Sul. Pertenceu à Cooperativa Aurora.
ALMADÉN: Empresa vinícola americana, pioneira em vinhos finos na Califórnia. Com uma subsidiária brasileira, desenvolveu vinhos em Santana do Livramento, região da Campanha, antes de ser vendida para a gigante das bebidas Seagram.
ALMADÉN: Empresa vinícola americana, pioneira em vinhos finos na Califórnia. Com uma subsidiária brasileira, desenvolveu vinhos em Santana do Livramento, região da Campanha, antes de ser vendida para a gigante das bebidas Seagram.
ALMOG: Vinho de sobremesa branco produzido em Israel.
ALSACE: Alsácia em francês.
ALSÁCIA: Região vinícola do norte da França, fronteira com Suíça e Alemanha, com vinhos muito frutados, secos, fortes e encorpados. As cepas mais nobres são: muscat, tokay d’Alsace, gewürztraminer e riesling. Possuidora de apenas três Appellations d’Origine Controlées: Alsace, Alsace-Grand Cru e Alsace-Cremant. Região sujeita a ação da podridão nobre, mas que não ocorre em todas as safras.
ALSHEIM: Localidade da região do Reno, onde se produz um vinho de mesmo nome.
ALTERADO: Diz-se do vinho que apresenta defeito ou doença em suas características originais, sendo não recomendado seu consumo.
ALTO DOURO: Região demarcada de Portugal, onde são cultivadas as uvas do Vinho do Porto.
ALVA: Casta branca da Região das Beiras.
ALVARELHÃO: Cepa tinta do Dão.
ALVARINHO: Cepa dos vinhos verdes de Portugal.
AMABILE: Termo italiano para o vinho mais doce que o abocado.
AMADURECIMENTO: Conjunto de operações que vão desde a descuba até o engarrafamento. Processo em que o vinho desenvolve todas as suas características de aroma e sabor.
AMANTEIGADO: Sensação de paladar de vinhos de textura untuosa.
AMARAL: Uva tinta da região de Lafões (Portugal).
AMARGO: Sensação desagradável de paladar. Em um vinho é fortemente sentido quando ele está em processo de deterioração, se transformando em vinagre.
AMARGOSO: Vinho com gosto ligeiramente amargo, mas não desagradável.
AMARO: Termo italiano que se refere aos vinhos amargos e secos.
AMARONE DELLA VALPOLICELLA: Famoso vinho tinto da região do Vêneto, feito de uvas desidratadas que precisa envelhecer na garrafa.
AMÁVEL: Diz-se do vinho levemente doce, mas equilibrado.
ÂMBAR: Cor dourado-escuro, quase marrom, que alguns vinhos brancos adquirem ao envelhecer, revelando um profundo estado de oxidação.
AMBIENTAR: Deixar o vinho à temperatura ambiente do recinto onde será servido.
AMERICAN VITICULTURAL AREAS: Assim são chamadas as áreas de viticultura dos Estados Unidos.
AMERICANA, Variedade: Vitis Labrusca.
AMERICANA (O): Diz-se do vinho produzido com uvas não viníferas ou híbridas, de baixa qualidade.
AMONTILLADO: Diz-se do Xerez mais escuro, mais seco e de aroma mais rico.
AMOROSO: Tipo de Xerez Oloroso que é exportado para a Inglaterra, onde recebe este nome. O termo não é usado na Espanha.
AMORTECIDO: Diz-se do vinho que não consegue mostrar suas características por estar muito gelado.
AMOURESES, Les: Vinho tinto classificado na Borgonha como Grand Cru.
AMPELIDÁCEAS: Família de plantas a qual pertence a videira.
AMPELOGRAFIA: Ciência que estuda as castas, classificado-as pelo seu aspecto externo.
AMPLITUDE TÉRMICA: Refere-se a variação de temperatura, não só entre o inverno e o verão, mas principalmente entre dia e noite. Dias quentes seguidos de noites frias favorecem a maturação da uva e conseqüente concentração de açúcar.
AMPLO: Termo que descreve vinhos que trazem muitas sensações na boca (salgado, adstringente, amargo, etc.).
AMTLICHE PRÜFUNG: Termo alemão que aparece em alguns rótulos, acompanhados de um número, que se refere a um certificado de garantia.
ANÁLISE ORGANOLÉPTICA: Avaliação do vinho, onde são usados os sentidos humanos (visão, olfato, tato, paladar e audição) para determinação de seu grau de qualidade. O mesmo que Exame Organoléptico.
ANBAUGEBIETE: Termo alemão para Região Produtora.
ANDALUZIA: Região vinícola do sul da Espanha, onde é produzido o Xerez.
ANDERSON VALLEY: Sub-região vinícola da Califórnia, que produz bons vinhos a partir de chardonnay e gewürztraminer.
ANÊMICO: Diz-se do vinho com características pouco pronunciadas.
ÂNFORA: Recipiente de barro usado na Antiguidade para conservar e transportar o vinho.
ANGULOSO: Diz-se do vinho desarmônico, por excesso de taninos.
ANIDRIDO CARBÔNICO [CO2]: Também conhecido como Gás Carbônico, é o gás resultante do processo de fermentação, presente nos espumantes e frisantes.
ANIDRIDO SULFUROSO [SO2]: Substância composta de enxofre e oxigênio, resultante da fermentação. No vinho, por sua característica antibacteriana, evita que o vinho se transforme em vinagre.
ANJOU: Sub-região produtora de vinhos do Vale do Loire. São famosos os Rosés d’Anjou.
ANTICUÁRIO: Famoso vinho brasileiro, produzido em Caxias do Sul.
ANTOCIANINAS: Pigmentos vermelhos da casca das uvas tintas, responsáveis pela coloração do vinho. A cor violeta dos vinhos jovens é resultante quase que exclusivamente de suas moléculas, as quais se ligarão aos taninos durante o seu envelhecimento o que dará ao vinho uma bela cor vermelho-rubi.
AOC: Appellations d’Origine Controlée.
AOCG: Appellations d’Origine Controlée Garantit.
AOK: Palavra inglesa que se refere à carvalho.
AP: Sigla de Amtliche Prüfung.
APAGADO: Diz-se dos vinhos com pouco aroma.
APHRODITE: Vinho branco seco de consumo local de Chipre.
APIMENTADO: Aroma que lembra especiarias, especialmente a pimenta, presente em alguns vinhos jovens provenientes de regiões quentes.
APPELLATIONS D’ORIGINE CONTROLÉE: Denominação de Origem Controlada na França. Ver também QWPSR.
APPELLATIONS D’ORIGINE CONTROLÉE GARANTIT: Denominação de Origem Controlada e Garantida na França. Ver também QWPSR.
AQUOSO: Fraco, que teve adição de água.
ARAGON: Casta tinta espanhola, também chamada de Granacha.
ARAGONEZ: Uva tinta do Alentejo.
ARAIGNAN: Uva tinta da Provence.
ARAMON: Uva de baixa qualidade, mas de alto rendimento, cultivada na França e na Califórnia.
ARBANE: Casta regional da Champanhe.
ARDENTE: Diz-se do vinho cujo aroma e sabor de álcool são predominantes.
AREJAR: O mesmo que aerar o vinho.
ARGENTINA: País sul-americano, com cerca de 1.200 vinícolas. Tem produção de bons vinhos na encosta leste da Cordilheira dos Andes. A uva mais usada é a malbec. Divide-se em cinco regiões produtoras: Salta, La Rioja, San Juan, Mendoza e Patagônia.
ARINTO: Famosa casta branca Portuguesa
ARMAGNAC: Região demarcada da França que empresta seu nome a aguardente vínica lá produzida, a partir das uvas Saint-Emílion, Colombard, Juraçon, Picpoul, Baca e Folle Blanche.
ARMAGNAC: Bebida produzida na região francesa de mesmo nome, fruto da destilação do vinho.
ARMILARIA MELLEA: Fungo parasita que ataca a cortiça, provocando o apodrecimento da rolha e conseqüente dano ao vinho.
ARNEIS: Casta branca da região do Piemonte que produz vinhos com sabores de pêra, nozes e ervas.
AROMA: Odor exalado por uma substância. Em enologia se refere ao conjunto de odores do vinho.
AROMAS PRIMÁRIOS: Aromas frescos, provenientes da uva usada na produção.
AROMAS SECUNDÁRIOS: Aromas provenientes do processo de produção.
AROMAS TERCIÁRIOS: Aromas provenientes do envelhecimento.
AROMÁTICO: Diz-se do vinho que possui muitos aromas.
ARROLHAMENTO: Colocação da rolha na garrafa.
ARVINO: Casta da região da Calábria.
ASPEREZA: Condição de algo áspero.
ÁSPERO: Diz-se do vinho excessivamente tânico, que dá sensação de dureza e secura na boca.
ASCIUTTO: Termo italiano que designa um vinho seco.
ASSÁRIO: Casta branca do Dão e do Alentejo.
ASSEMBLAGE [ASSAMBLÁGE]: Mistura de vinhos feitos com diferentes uvas. Também se usa o termo corte.
ASTI: Cidade do Piemonte onde se faz o Asti espumante
ASTI, Método: Processo de produção de vinhos espumantes, desenvolvido no Piemonte, que consiste em ter múltiplas fermentações tumultuosas, usando principalmente a uva Moscatel (Moscato Bianco).
ASTI ESPUMANTE: Vinho espumante feito pelo método Asti.
ASZÚ: Termo usado na Hungria para a Podridão Nobre.
ATAQUE: Primeira impressão que o vinho provoca na boca.
ATESTO: Processo que consiste em completar os barris de vinhos sempre que necessário, para preencher o espaço deixado pelo vinho que evapora, evitando que o restante do vinho entre em contato com o ar e se oxide.
ATESTADO: diz do vinho no qual se realizou o atesto. Termo pouquíssimo usado.
AUCKLAND: Mais antiga sub-região da Nova Zelândia, localizada na Ilha do Norte, onde existe a predominância da cabernet sauvignon.
AURORA: Cooperativa vinícola brasileira de Bento Gonçalves, que usa o nome em seus vinhos.
AUSBRUCH: Tipo de vinho austríaco mais adocicado que um beerenauslese, porém menos que um trockenbeerenauslese.
AUSLESE: Melhores vinhos da Alemanha, classificados como QmP. Classificação alemã para os vinhos feitos com uvas em estado muito avançado de maturação, para propiciar a ação da botrytis cinérea, com cachos escolhidos pela sua alta concentração de açúcar. Sua produção é mais difícil e precisa de até cinco anos de envelhecimento. É o terceiro grau do QWPRD da Alemanha.
AUSTERO: Indica o vinho com riqueza de cor, corpo e álcool.
AUSTRÁLIA: País que compõe o chamado Novo Mundo, cujos vinhos têm por característica o brilho, o frescor e os aromas originais das uvas, ricos em aromas primários. Estes vinhos eram desconhecidos do resto do mundo até a década de 1980, com a produção mais concentrada no sudeste e sudoeste do país, nos estados de Nova Gales do Sul, Victoria, Western Austrália e Tasmânia, Barossa Valley e Mudgee.
AUSTRÁLIA MERIDIONAL: Ver Western Australia.
AUTOCLAVE: Recipiente hermeticamente fechado, resistente à pressão, usado na produção de espumantes.
AUXEROIS: Outro nome da Malbec Francesa.
AVA: Sigla da American Viticultural Areas.
AVELUDADO: Diz-se do vinho que provoca uma sensação tátil na boca, como se tocasse um corte de veludo. Também chamado de suntuoso.
AVESSO: Casta branca da Região dos Vinhos Verdes e do Douro.
AVINAGRADO: Com características de vinagre, deteriorado.
AZAL BRANCA: Cepa branca ou tinta dos Vinhos Verdes de Portugal. No início do Século XX era a principal dos vinhos verdes tintos.
AZEDIA: Doença do vinho, marcada pelo excesso de ácido acético.
AZEDO: Vinho com alto teor de acidez.
AZIENDA: Termo italiano para uma propriedade onde são plantadas uvas. É o mesmo que château para os franceses.
BABEASCA: Cepa tinta da Romênia.
BABO: Sistema de medição da quantidade de açúcar no mosto, usando o mostímetro ou densímetro. É o método mais usado no Brasil.
BACELO: O mesmo que cavalo.
BACO: Deus romano do vinho, cujo nome lhe foi dado por causa da uva Baca. Seu culto foi intenso e consagrou palavras como bacanal e bacantes. Outras formas de grafia são: Bacco ou Bacchus.
BADEN: Região vinícola localizada no sudoeste da Alemanha, onde as castas mais usadas são: Weissburgunder, Ruländer e Spätburgunder.
BAGA: Principal tipo de uva da produção dos vinhos da região da Bairrada. Fornece vinhos tintos fortes e de qualidade, que deve envelhecer por ao menos sete anos.
BAGACEIRA: Aguardente de bagaço produzida em Portugal, feita a partir da casca ou do bagaço da uva.
BAGAÇO: Massa composta pelas cascas, sementes e engaços resultantes do processo de prensagem ou maceração das uvas. É da destilação do bagaço em alambiques que se faz a Bagaceira e a Grappa.
BAGO: A fruta uva propriamente dita. O cacho é formado pelo engaço e pelos bagos.
BAGO DE LOURO: Cepa tinta da região do Dão.
BAÍA DE HAWKE: Sub-região da Ilha do Norte é uma área pioneira, onde as uvas amadurecem bem apesar da constante ameaça de geadas. A cepa mais cultivada é a müller-thurgau, seguida por cabernet sauvignon. De lá saem os melhores vinhos do país.
BAIRRADA: Região demarcada de Portugal, que usa principalmente a casta Baga.
BALADI: Casta da província de Córdoba.
BALANCEADO: Que apresenta equilíbrio entre acidez, doçura, adstringência e teor alcoólico. O mesmo que equilibrado e harmônico.
BALANÇO: Relativo a balanceado.
BALLING: Escala usada para se medir o teor aproximado de açúcar no suco de uva e no mosto. Também chamado Brix.
BALTHAZAR: Garrafa usada na Champanhe com capacidade para 12 litros.
BARBARESCO: Tipo de vinho sólido e forte, de cor e sabor notáveis, produzido no Piemonte.
BARBAROUX: Casta tinta muito produzida em Cassis, perto de Marselha na França.
BARBERA: Cepa tinta muito usada no Piemonte, produzindo vinhos frutados, para consumo diário. Também é muito cultivada no Brasil e na Califórnia.
BARBERA: Vinho italiano do Piemonte produzido com a uva do mesmo nome.
BARBERA AMABILE: Vinho tinto doce e levemente espumante, produzido no norte da Itália com uvas barbera.
BARCA VELHA: Considerado o melhor vinho português, é produzido na região do Alto Douro, feito com Tinta Roriz, Amarela e Touriga Francesa, sendo engarrafadas como Barca Velha apenas nos anos de safra excepcionais.
BARCELO: Casta da região do Dão.
BARDOLINO: Vinho leve, para ser consumido jovem produzido na região do Vêneto.
BAROLO: Tipo de vinho de uva Nebbiolo, produzido no Piemonte, considerado o melhor da Itália. Pesado, austero e complexo, envelhece lentamente, sendo um dos vinhos mais longevos que se conhece.
BARRICA: Vasilha de madeira de carvalho, com capacidade de 225 litros, utilizada para a fermentação ou estágio do vinho. Quatro dessas fazem um tonel.
BARRIL: Recipiente com capacidade de até 220 litros, usado na maturação de vinho. Os de madeira são usados nos tintos e em raros brancos. O carvalho é a melhora madeira para o vinho. Nos brancos usa-se o inox.
BARRIQUE: Termo usado em Bordeaux para a barrica.
BAROSSA VALLEY: Uma das mais antigas regiões produtoras da Austrália, onde o principal vinho é o Grange, feito da Shiraz.
BARSAC: Vinho branco produzido na cidade de mesmo nome, na região de Bordeaux. As vinhas estão muito próximas as de Sauternes e apresentam as mesmas características, cabendo ao produtor optar pelo nome que dará a vinha. Entre os 13 grand cru de sauterne oito são de Barsac e entre os 11 premier cru dois são de Barsac.
BASILICATA: Região vinícola do sul da Itália, tendo por vinho mais importante o Aglianico del Vulture.
BASTARDO: Casta tinta, plantada na região demarcada do Alto Douro. Entra na composição do Vinho do Porto.
BÂTARD-MONTRACHET: Grand cru da Borgonha, branco, seco, com maravilhoso buquê, ultrapassado apenas pelo Montrachet. Produção muito pequena, o que gera alta procura e preço.
BÂTONNAGE: Técnica usada na fabricação de vinhos brancos fermentados em pipas novas, que consiste na remoção periódica das leveduras que se depositam no fundo, após a fermentação.
BATIZADO: Diz-se do vinho ao qual se adicionou água. É um vinho fraudado.
BATOCA: Cepa branca típica da região dos Vinhos Verdes.
BATOQUE: Rolha de madeira ou cortiça que fecha as barricas, barris e tonéis.
BAUMÉ: Escala utilizada para medir a densidade do mosto e do vinho. Um grau Baumé corresponde a 1,8 grau Brix.
BAUNILHA: Aroma não natural das uvas, levado ao vinho pela madeira dos tonéis onde são fermentados e armazenados.
BEAUJOLAIS: Região do sul da Borgonha, cuja principal uva é a Gamay. Faz-se vinhos leves e frutados, de fraco teor alcoólico (9º GL) que devem ser consumidos jovens, a exceção dos Grand crus que envelhecem bem. Nesta região são produzidas quatro categorias de vinho: beaujolais AOC, beaujolais supérieur, beaujolais villages e os crus de beaujolais. Os dois primeiros, são vinhos com cerca de 10º GL e que devem ser bebidos no mesmo ano de produção. O Villages pode agüentar até o segundo ano. Os crus, com teor entre 12º e 14º GL envelhecem bem. São eles: Moulin-a-Vent, Vrouilly, Chenas, Chiroubles, Joulienas, Morgon, Saint-Amour e Regnié. Em pequenas quantidades se encontra também o beaujolais blancs, feito com Chardonnay.
BEERENAUSLESE ou BERENAUSLESE: Na Alemanha é como se chamam os vinhos feitos com uvas atacadas pela podridão nobre. Uvas colhidas uma a uma, com concentração maior que a da classificação Auslese. É o quarto grau dos vinhos de qualidade. São vinhos de sobremesa, com bom equilíbrio entre açúcar e acidez. Apesar do baixo teor alcoólico, envelhecem bem.
BEIRAS: Ver Região das Beiras.
BENTO GONÇALVES: Cidade do Rio Grande do Sul, com grande concentração de vinícolas.
BENTONITE: Tipo de argila, quimicamente inerte, usado em todo o mundo, no processo de clarificação dos vinhos.
BEREICH: Termo alemão que indica que um vinho veio de determinado distrito, como uma indicação de origem.
BIANCO: Branco em italiano.
BICA ABERTA: Termo usado para designar o vinho cujo mosto fermentou sem o contato com as cascas.
BICAL: Cepa branca da Bairrada.
BLANC: No que se refere a vinhos, este termo francês significa branco.
BLANC DE BLANCS: Ver branco de branco.
BLANC DE NOIRS: Ver branco de tinto.
BLAU: Termo alemão que significa “azul”, usado na Alemanha para indicar os vinhos tintos do país.
BLAUER PORTUGIESER: Cepa cultivada em Vöslau (Áustria) e na Alemanha.
BLAUFRÄNKISCH: Cepa tinta da Áustria e Hungria.
BLOSSOM HILL: Vinícola e marca de vinhos californianos comuns, muito conhecidos no Brasil.
BLUSH WINES: Termo usado nos Estados Unidos para os vinhos rosados.
BODEGA: Taverna ou bar onde se vende vinho.
BODEGA: Na Espanha é um depósito construído acima do solo e pode ser estendida a empresa vinícola.
BOIS ORDINAIRE: Sub-região de Cognac cujos vinhos têm pouca qualidade.
BOJO: Parte mais larga da garrafa e/ou da taça de vinho, entre o ombro e a base.
BOLOR: Mofo, fungo.
BONARDA: Uva de origem italiana, muito usada no Rio Grande do Sul.
BONS BOIS: Sub-região de Cognac, com vinhos de baixa qualidade.
BORDALESA: Relativo à Bourdeax.
BORDALESA: Tipo de garrafa usada na região de Bordeaux, que tem bojo largo e afina repentinamente num gargalo fino, o que se chama ombro e tem o objetivo de reter os sedimentos dos vinhos envelhecidos.
BORDEAUX: Principal região vinícola da França, casa de vinhos famosos como: Château Mouton Rotchild, Château Lafite-Rotschild, Château Latour, Château Margaux. Região conhecida a mais de oito séculos, tem um quarto dos vinhos finos do mundo e comporta mais de 40 AOCs. Os que mais se destacam são os tintos, especialmente de Cabernet Sauvignon e os brancos de Chardonnay. As sub-regiões mais famosas são: Médoc, Graves, Sauternes e Fronsac e as comunas: Pauillac, Moulis, Margaux. Todos dão vinhos encorpados que agüentam envelhecer bem, alguns mais de 100 anos, com vários Grand Crus, e Premier Crus. As castas mais usadas são: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec e Petit Verdot para os tintos, chardonnay, sémillon, sauvignon blanc e muscadelle para os brancos. Divide-se em seis sub-regiões: Médoc, Saint-Émilion, Graves, Sauternes, Pomerol e Entre-Deux-Mers.
BORDÔ: Casta de uva escura americana, cultivada no Brasil, também chamada de Folha de Figo e York Madeira
BORGOGNE: Borgonha em francês.
BORGOGNE SUD: Sub-região da Borgonha.
BORGONHA: É uma grande região demarcada da França, onde são produzidos ótimos vinhos. A única casta tinta permitida por lei é a Pinot Noir. Os brancos, na sua maioria, usam Chardonnay e Aligoté. Divide-se em quatro sub-regiões, que são: Chabils, Côte d’Or, Borgogne Sud e Maconnais.
BORRA: Sedimento constituído de células mortas de levedura, hastes de uvas, polpas e sementes. Desce para o fundo do tonel ou barril após a fermentação. As borras grosseiras são filtradas. Alguns vinhos brancos retêm as borras finas até o engarrafamento para ter maior sabor.
BORRAÇAL: Cepa tinta da região dos Vinhos Verdes.
BORRADO DAS MOSCAS: A mesma Bical.
BOTRITIZADA: Diz-se da uva que sofreu a ação do fungo Botrytis Cinérea, ou foi ressecada antes de dar início à fermentação do mosto.
BOTRITIZADO: Vinho de sobremesa doce licoroso, feito com uvas botritizadas.
BOTRYTIS CINÉREA: É um bolor, um fungo, que ataca as uvas, rasgando as cascas e apodrecendo os frutos, dando-lhes uma coloração cinzenta. Em poucas regiões do mundo de micro-clima específico como Sauternes, parte da Hungria e da Alemanha esse fungo, ao invés de destruir as uvas, perfura-lhes as cascas, provocando a saída de água e concentrando o açúcar. As uvas assim contaminadas ficam com aspecto de uvas passas e/ou apodrecidas, daí o nome podridão nobre, O vinho resultante é extremamente doce, sendo classificado como vinhos de sobremesa.
BOTTICELLI: Vinhos brancos e tintos produzidos no Vale do São Francisco.
BOUCHÉ: Termo em francês que classifica os vinhos em garrafas fechadas com rolhas. No surgimento desta prática o vin bouché era muito valorizado, pois era lacrado com cera, garantindo assim sua qualidade. Com o tempo, o lacre foi substituído pela cápsula e todos os vinhos passaram a ser arrolhados, deixando de ser um diferencial.
BOUCHON: Rolha em francês.
BOUCHONNÉE: Termo francês que designa o vinho com cheiro de rolha. Diz-se de vinho defeituoso.
BOUQUET: Buquê.
BOUTEILLE: Garrafa em francês.
BOWL: Palavra inglesa que refere a taça para vinho.
BRACHETTO: Uva tinta italiana, que produz um vinho com muita cor.
BRANCELHO: Uva tinta típica da região dos Vinhos Verdes.
BRANCO: Ver Vinho Branco.
BRANCO DE BRANCO: Denominação dada aos vinhos brancos feitos a partir, unicamente, de uvas brancas. Apesar de ser usada em toda a França, este termo é especialmente utilizado para os espumantes da Champanhe.
BRANCO DE TINTO: Denominação dada aos vinhos brancos feitos unicamente a partir de uvas tintas, geralmente Pinot Noir. Estes vinhos apresentam uma coloração que varia do rosa pálido ao salmão.
BRANDY: Termo inglês usado para designar aguardentes vínicas produzidas fora das regiões de Cognac e Armagnac.
BRÁS CUBAS: Fidalgo português que iniciou a viticultura no Brasil em 1532.
BRASIL: Grande país sul-americano, com produção de alguns vinhos de qualidade desde o século XX. Há grande produção de vinhos comuns, de uvas não viníferas para consumo local. As principais regiões produtoras de vinhos de qualidade são: Campanha, Serra Gaúcha, Serra do Sudeste, Região Serrana de Santa Catarina, Vale do Rio do Peixe e Vale do São Francisco.
BREEDE RIVER VALLEY: Região produtora da África do Sul, dividida nas seguintes sub-regiões: Robertson e Worcester.
BRETON: Nome que se dá a Cabernet Franc no Vale do Loire.
BRILHANTE: Vinho que, em se olhando através da taça, tem a capacidade de refletir muita luz. Indica qualidade.
BRISTOL CREAM: Tipo de Xerez Oloroso engarrafado na cidade de Bristol, na Inglaterra.
BRIX: Ver Balling.
BRUNELLO: Casta italiana, sendo uma variedade da Sangiovese, usada no Brunello de Montalcino.
BRUNELLO DI MONTALCINO: Famoso vinho italiano da região da Toscana, concorrente dos melhores franceses, podendo envelhecer tão bem quanto eles, precisando de 10 a 15 anos para amadurecer. Feito com uvas Sangiovese Rosso.
BRUT: Termo em francês para designar espumantes extremamente secos, com pouquíssimo açúcar residual. Significa a presença de menos de 1,5% de açúcar na bebida.
BUAL ou BOAL: Vinho Madeira mais doce que há, de cor castanho-escuro e buquê característico.
BUCELAS: Região demarcada portuguesa onde alguns vinhos têm direito a DOC, feitos com as uvas arinto e esgana cão.
BUENA VISTA: Vinhedo histórico da Califórnia, onde são produzidas as cepas Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Sylvaner e Riesling.
BURGUNDER: Assim são chamadas a Pinot Noir e a Pinot Gris na Alemanha.
BURGUNDY: Termo inglês que se refere aos vinhos da Borgonha.
BUQUÊ: Conjunto de sensações olfativas adquiridas pelo vinho no ambiente reduzido da garrafa, englobando também os aromas primários e aromas secundários. Característica dos vinhos envelhecidos. Conjunto de aromas decorrentes de reduções e óxido-reduções do vinho durante a produção e envelhecimento.
BYBLIN: Vinho doce da antiguidade, proveniente da cidade de Biblos, na Fenícia, citado em muitas obras da época.
CABERNET FRANC: Nobre uva tinta de Bordeaux, de casca grossa e que amadurece mais cedo, fornecendo vinhos frutados com aromas agradáveis, que podem ser consumidos jovens. Têm características parecidas com a Cabernet Sauvignon, a mais famosa das uvas bordalesas.
CABERNET SAUVIGNON: Cepa bordalesa considerada a rainha das tintas, presente nos melhores vinhos do mundo. Produz um vinho púrpura, intenso, de sabor acentuado, muito adstringente, que deve envelhecer para apresentar suas melhores qualidades. É a uva mais difundida no mundo. É rica em aromas como groselha, ameixa preta, cereja e especiarias
CAECUBIEN: Vinho romano, afamado e conhecido por Plínio, Horácio e Ateneu, sendo descrito como de raça, generoso e capitoso.
CAHÓRS: Região produtora ao sul de Bordeaux, também conhecida por Gasconha. No sopé dos Pirineus, divisa da França com Espanha.Local de vinhedos antigos, criados pelos romanos no auge do império, mas desimados pela Filoxéra. Replantados com cavalo americano. Em 1971 conquistou seu AOC.
CALÁBRIA: Região demarcada da Itália, sem produção de vinhos de expressão mundial, mas de muitos vinhos para consumo local, no dia-a-dia.
CALIFÓRNIA: Estado pertencente aos Estados Unidos da América, no qual se localizam as mais importantes AVAs, onde se usa alta tecnologia na produção de uvas e vinhos que estão no mercado há pouco tempo, mas já se consagraram. As principais sub-regiões são: Napa Valley, Sonoma e Mendocino. Outras áreas de menor importância são: Baía de San Francisco, Santa Bárbara, Monterey e San Benito, Andreson Valley, El Dorado e Lake Country.
CALITERRA: Importante vinícola do Chile.
CALMO: Diz-se do vinho não efervescente, também chamado de tranqüilo.
CALUSO: Vinho branco doce, produzido em Turim, no Piemonte.
CAMPANHA: Região produtora de vinhos no extremo sul do Rio Grande do Sul, nas cidades de Bagé, Dom Pedrito e Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Grande produtora de carne bovina de alta qualidade. A topografia é de pequenas ondulações, com solos de média fertilidade e boa drenagem, onde são plantadas: cabernet sauvignon, merlot, sauvignon blanc, chardonnay, touriga nacional, alfrocheiro, petit verdot, tempranillo, viognier e pinot gris. Esta região busca a sua delimitação geográfica para conseguir a Indicação Geográfica Típica.
CAMPANIA: Região demarcada italiana, localizada aos pés do Monte Vesúvio, próximo à cidade de Nápoles, onde se produz o conhecido vinho Lacrima Christi, um vinho seco e de cor dourada, com uvas locais. Só possui um DOCG.
CANAIOLO: Uva tradicional do Piemonte e da Toscana.
CANASTA: Cesta grande para transporte de uvas, assim chamada na Espanha.
CÂNDIDA: Casta da Ilha da Madeira.
CANGAÇO: O mesmo que engaço.
CANSADO: Diz-se do vinho que perdeu suas características de equilíbrio e harmonia, devido a problemas de armazenamento ou transporte.
CANTEIRO: Denominação dada ao Vinho Madeira que amadurece ao sol.
CANTINA: Inicialmente era o local da venda de vinho, hoje também é o local onde é produzido.
CAPITOSO: Vinho com alto teor de álcool.
CÁPSULA: Invólucro de chumbo ou plástico que cobre a extremidade da garrafa, tendo por objetivo proteger a rolha de ataques de fungos e pragas. Deve ser retirada de forma a não haver contato dela com o vinho durante o seu serviço, para que não haja risco de contaminação.
CAQUE: Grande cesto que fica na extremidade de cada aléia, para colocação das uvas na colheita da Champanhe. Pode ter de 70 a 80 Kg de capacidade.
CARAFER: Termo inglês para uma garrafa sem tampa, o equivalente a jarra.
CARÁTER: Características que dão personalidade ao vinho.
CARCAVELOS: Região Demarcada na foz do Rio Tejo, próximo a Cascais.
CARIGNAN: Uva vinífera tinta muito cultivada no sul da França.
CARIGNANE: Nome que se dá a Carignan nos Estados Unidos.
CARINENA: Assim se chama a Carignan na Espanha.
CARMENÉRE: Uva tinta de Bordeaux, considerada extinta até ser reencontrada no Chile, onde era produzida como Cabernet Sauvignon. Hoje é muito usada naquele país.
CARNEROS: Área vinífera da Califórnia, que divide Napa Valley de Sonoma.
CARNOSO: Diz-se do vinho denso, rico em cor e corpo.
CARVALHO: Árvore da qual se extrai a melhor madeira para confecção de barris para o vinho.
CARVALHO AMERICANO: Madeira que transmite aromas de baunilha ao vinho, que permanece mais tempo na barrica do que os que usam carvalho francês, sempre novas. É mais barato que o francês e com ele se obtém aromas de: baunilha,noz-moscada, castanha, coco, cedro, ébano, especiarias e frutas secas.
CARVALHO AMERICANO: Madeira que transmite aromas de baunilha ao vinho, que permanece mais tempo na barrica do que os que usam carvalho francês, sempre novas. É mais barato que o francês e com ele se obtém aromas de: baunilha,noz-moscada, castanha, coco, cedro, ébano, especiarias e frutas secas.
CARVALHO DE PRIMEIRO ANO: Barril de carvalho usado pela primeira vez.
CARVALHO EUROPEU: Madeira com poros pequenos, o que resulte em vinhos mais elegantes. Do uso dele se obtém aromas de: coco, nozes, cravo, pimenta do reino, canela e menta.
CARVALHO FRANCÊS: Apresenta menos aromas e sabores de madeira, o vinho estagia menos tempo na barrica (troca de oxigênio com vinho são mais lentas). É a mais cara das madeiras. Os aromas que são adicionados ao vinhos com o uso desta madeira ainda dependem do grau de tostagem do barril. Tostagem leve – banana, mel, manteiga de cacau, chocolate branco, resina e serragem. Tostagem Média – Amêndoa, chocolate, tabaco e café. Tostagem Forte – Pão, fumo, folha seca, madeira, gemada e chocolate amargo.
CARVALHO HÚNGARO: O mesmo que Carvalho Europeu.
CARVALHO EUROPEU: Madeira com poros pequenos, o que resulte em vinhos mais elegantes. Do uso dele se obtém aromas de: coco, nozes, cravo, pimenta do reino, canela e menta.
CARVALHO FRANCÊS: Apresenta menos aromas e sabores de madeira, o vinho estagia menos tempo na barrica (troca de oxigênio com vinho são mais lentas). É a mais cara das madeiras. Os aromas que são adicionados ao vinhos com o uso desta madeira ainda dependem do grau de tostagem do barril. Tostagem leve – banana, mel, manteiga de cacau, chocolate branco, resina e serragem. Tostagem Média – Amêndoa, chocolate, tabaco e café. Tostagem Forte – Pão, fumo, folha seca, madeira, gemada e chocolate amargo.
CARVALHO HÚNGARO: O mesmo que Carvalho Europeu.
CARRASCÃO: Vinho de alto teor alcoólico, usado para misturar com vinhos fracos, espesso e de sabor acre.
CASA VALDUGA: Grande vinícola brasileira.
CASCO: Pipa.
CASILLERO DEL DIABLO: Famoso vinho chileno, producido pela Concha Y Toro, cuja estória conta que Dom Melchor, fundador da vinícola, separava seus melhores vinhos Numa sala e, para que não fossem consumidos pelos funcionários, inventiu que tinha prendido no quarto onde guardava estes vinhos um diabo, se tornando então o Carcereiro do Diabo, em espanhol, Casillero del Diablo.
CASTA: Variedade da uva dentro de uma espécie. Determinante na característica do vinho a ser produzido.
CASTA NOBRE: Cada região produtora tem suas castas recomendadas. Dentre estas, as que se destacam pela qualidade são chamadas de castas nobres.
CASTELÃO FRANCÊS: Cepa portuguesa usada no vinho Periquita, principal vinho da Península de Setúbal. Também chamada de Periquita por ter sido produzido e difundido na quinta Cova da Periquita.
CATALUNHA (CATALUNYA em Castelhano): Região Produtora do norte da Espanha, com cerca de 60 mil hectares que produzem mais de 90% dos DO Cava e também brancos oxidados, que envelhecem em barris semi enterrados na areia, o que os torna quase iguais ao Xerez, com cores escuras, aroma de noz e sabor rançoso.
CAUDALIAS: Unidade de tempo, semelhante ao segundo, usado de maneira subjetiva para determinar a persistência de um vinho. Derivado do termo latino cauda. Ouve-se, em degustações profissionais, o termo cauda de pavão para vinhos persistentes, sendo muito difícil precisar esta duração.
CAVA: Nome dado aos espumantes espanhóis.
CAVALO: Pé de vinha onde será enxertada a casta desejada. Usa-se o cavalo da variedade americana por este ser resistente a filoxéra.
CAVE: Cantina, vinícola, adega, lugar onde se faz e se guarda o vinho.
CAVE DU JOUR: Pequena adega de restaurantes, na qual são guardados os vinhos consumidos no dia-a-dia.
CAXIAS DO SUL: Cidade gaúcha, grande produtora de vinhos finos do Brasil.
CENTRAL, Zona: Ver Zona Alta.
CEPA: Tipo de uva. O mesmo que casta.
CEPA BRANCA: Uva de casca clara, cujos vinhos são brancos. A mais famosa é a Chardonnay.
CEPA TINTA: Uva de casca escura, cujos vinhos podem ser brancos, rosados ou tintos. A mais famosa é a cabernet sauvignon.
CÉPAGE: Termo Frances para cepa.
CEPAGEM: Marcação com estacas que indicam a variedade da uva de uma plantação.
CERCIAL: Casta branca do Dão, Bairrada e Azeitão, diferente da Sercial da Madeira.
CEREZA: Casta rosada usada na produção de vinhos brancos na Argentina.
CHABLIS: Sub-região da Borgonha, grande produtora de vinhos brancos secos, com sabor mineral, elaborados com Chardonnay. Estes vinhos têm quatro classificações: Petit Chablis (ligeiro, seco e frutado), Chablis (pouco melhor), Chablis Premier Cru (complexo e envelhece por até sete anos) e Chablis Grand Cru (Complexo e de grande classe).
CHAI: Palavra francesa que designa um depósito de tonéis de vinho acima do solo.
CHALYBON: Vinho fabricado pelos antigos sírios.
CHALONNAIS: Distrito da sub-região da Bourgogne Sud.
CHAMBERTIN: Vinho aromático e cheio de nuanças, usado em muitas preparações culinárias que levam seu nome.
CHAMBRER: Ambientar em francês.
CHAMPAGNE: Vinho espumante produzido na região da Champanhe. Legalmente, apenas vinhos produzidos com uvas plantadas em área delimitada podem receber este nome. Produzido principalmente com Pinot Noir e Chardonnay.
CHAMPAGNISATION: Método tradicional de produção de espumantes, também conhecido por champenoise.
CHAMPANHA: Considerada palavra genérica no Brasil, onde a legislação permite que os produtores de espumantes utilizem este termo para identificar seus produtos. Entretanto, os produtores que primam pelo seu nome e qualidade de seus produtos não o fazem.
CHAMPANHE: Champagne em francês é uma Região demarcada francesa, onde são produzidos os mais famosos espumantes do mundo. A princípio, apenas os espumantes de lá poderiam ser chamados de Champagne.
CHAMPENOISE, Método: Na tradução literal, à moda da região da Champanhe. Método de produção dos melhores espumantes daquela região, criado pelo frei Dom Pérignon por volta de 1700. Consiste em realizar a segunda fermentação já na garrafa, o que faz aumentar a qualidade do vinho e seu perlage.
CHAMUSCADO: Diz-se do vinho que apresenta aromas de madeira queimada.
CHANDON: Famosa marca brasileira de vinhos espumantes da Serra Gaúcha.
CHAPÉU: Massa sólida formada pelas cascas e polpas das uvas dentro da cuba durante a fermentação tumultuosa, que sobe a superfície por conta do gás carbônico resultante do processo.
CHAPTALIZAÇÃO ou CHAPATALIZAÇÃO: Adição de açúcar durante a fermentação, quando as uvas não contêm quantidades naturais da substância.
CHARBONO: Cepa tinta italiana, muitíssimo usada em Napa Valley.
CHARDONNAY: Cepa dos grandes vinhos brancos da Borgonha, que produz um vinho de alta qualidade, de aroma e caráter bem definidos. A maioria consegue envelhecer. É a cepa branca mais usada no mundo. Considerada a rainha das uvas brancas, se difundiu da Borgonha para o resto do mundo. Além do vinho ela também é muito usada na produção do champagne. Esta uva é praticamente cultivada em todos os países produtores de vinho. É uma cepa universal por dois motivos: a casta é relativamente adaptável a diversos tipos de clima e, por tradição, seus vinhos são secos. Recentemente a Califórnia vem produzindo vinhos que não o são e seus preços também são mais baixos. As suas principais características são: Cor dourada com ligeiros reflexos esverdeados; Aroma: baunilha e carvalho novo. Também traz notas de nozes, manteiga, creme, torradas, biscoitos, melão, manga e abacaxi; Paladar: Estrutura firme em climas frios e suave em climas quentes, com acidez entre média e alta. Seus vinhos geralmente são ricos e encorpados, com sabores de frutas tropicais.
CHARMAT, Método: Método de produção de espumantes criado por Eugène Charmat, em que o vinho sofre a segunda fermentação em grandes recipientes, chamados de autoclave, hermeticamente fechado.
CHASSELAS: Cepa de mesa muito difundida na Suíça e na Alsácia, que produz vinhos medianos.
CHÂTEAU: Castelo em francês.
CHÂTEAU: Relacionado a vinhos, esta palavra francesa significa propriedade em que é plantada a uva e produzido o vinho. Denominação muito usada na região de Bordeaux.
CHÂTEAU ANGELUS: Grand Cru de Bordeaux.
CHÂTEAU d’ANGLUDET: Vinho de Bordeaux classificado como Cru Exceptionnel desde 1855.
CHÂTEAU HAUT-BRION: Grande vinho produzido em Bordeaux, cujo château produz vinhos a mais de 500 anos. Este vinho é considerado como símbolo da qualidade dos vinhos de Bordeaux, classificado como Premier Cru.
CHÂTEAU LAFITE-ROTSCHILD: Propriedade construída entre os séculos XVI e XVII em Pauillac, uma das lendas de Bordeaux, que produz vinhos classificados como Premier Cru Classé desde 1855, mas que só chegou à família inglesa Rotschild em 1868. O solo da propriedade é cascalhoso e produz Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot. Produz cerca de 250.000 garrafas por ano de vinhos bem longevos. Na adega ainda existem 6 garrafas da safra de 1797. O principal rótulo, Château Lafite-Rotscfhild, é feito de 99% de Cabernet Sauvignon e 1% de Petit Verdot.
CHÂTEAU MARGAUX: Caríssimo vinho de Bordeaux, produzido com Cabernet Sauvignon (75%), Merlot (20%), Cabernet Franc e Petit Verdot (5%). Classificado como AOC desde 1855.
CHÂTEAU PETRUS: Vinho da comuna do Pomerol, Bordeaux. Embora não seja Premier Cru por classificação oficial, é um ótimo vinho, varietal Merlot, que atinge altíssimos preços no mercado internacional. Sua produção faz uso de vinho de prensa, adicionado antes do habitual, para que amadureça junto com o vinho principal, o que faz diminuir a aspereza e aumentar os taninos, que lhe são característicos. Eles envelhecem, no mínimo, 20 meses em tonéis. Apesar de ter a denominação de château, não existe nenhum castelo na propriedade.
CHÃTEAU PICHON LONGUEVILLE COMTESSE DE LALANDE: Vinícola de 75 hectares localizada em Pauillac, Bordeaux, produz Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot.
CHATEAUNEUF-DU-PAPE: Vinho tinto da região do Rio Ródano, perto de Avignon, Lyon, na França. Existem vários produtores e cada qual tem sua receita de mistura das 13 cepas permitidas para este vinho. É um vinho seco, de corpo robusto, consistente e que tem sua maturidade entre cinco e dez anos. A tradução é Castelo novo do Papa e tem este nome, pois é produzido nas terras onde ficava o castelo do Papa em Avignon, quando a Igreja Católica teve dois papas.
CHATO: Diz-se do vinho alcoólico e tânico, mas com acidez muito baixa.
CHEIO: O mesmo que bem equilibrado.
CHENIN BLANC: Cepa branca muito famosa, principal do Vale do Loire, onde também é chamada de Pineau du Loire e Califórnia. No Brasil sua produção ainda é pouco expressiva.
CHERVEN: Cepa Búlgara.
CHEVIANKA: Vinho de sobremesa branco da Bulgária, de cor dourada, é muito saboroso, se parecendo com os vinhos produzidos com a Moscatel.
CHIAN: Considerado um dos melhores vinhos da Antiguidade, produzido na Ilha de Chio, sendo doce e espesso. Os habitantes locais diziam ter recebido a receita desse vinho do próprio Baco e que ele não dava dor de cabeça.
CHIANTI: Microrregião da Toscana, cujo terroir é único no mundo.
CHIANTI: Famoso vinho italiano produzido na região de mesmo nome, que disputa com o Porto o título de vinho mais antigo produzido em região demarcada, o que aconteceu em 1816. Existem muitos vinhos que se dizem Chianti, mas os legítimos são identificados por um selo de um galo preto sobre um fundo dourado. Elaborado com uvas tintas Sangiovese e Canaiolo, e as brancas Trebbiano e Malvásia, se caracteriza por ter acréscimo de uvas semi-secas, o que provoca uma segunda fermentação, o que deixa o vinho mais macio, menos agressivo e mais alcoólico. A partir de 1984 passou a ser DOCG.
CHIARETTO: Vinho italiano produzido no Lago de Garda.
CHILE: País sul-americano que produz vinhos de ótima qualidade, detendo 5% do mercado internacional, com vinhedos em vales situados entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira da Costa, região de alta amplitude térmica, naturalmente protegida dos ventos frios e salgados que vêm do Oceânico Pacífico, que banha o país. Um fator marcante para o desenvolvimento da vinicultura nesse país é a ausência da filoxéra, a qual não resiste à altitude dos vinhedos, proporcionando o plantio em pé franco. As principais áreas produtoras são: Coquimbo, Aconcágua, Vale Central e Sul.
CHIRAZ: Vinho persa da Antiguidade, produzido na cidade de onde herdou o nome, no sudoeste do atual Irã. Apesar da proibição islâmica ao consumo de bebidas alcoólicas, ainda hoje é produzido. Não deve ser confundida com a cepa Shiraz.
CHOFA: É o processo de queima dos barris de madeira onde o vinho será armazenado. Faz-se durante a produção do recipiente. A maior ou menor queima determina diferentes aromas no mesmo vinho.
CINSAUT, CINSAULT ou CINZAULT: Cepa tinta francesa, ainda pouco difundida no Brasil.
CLAIRET: Termo em francês utilizado para vinhos tintos leves, frutados, mais claros que os demais, quase rosados.
CLAIRETTE: Cepa branca francesa, cultivada na Côte du Rhône e Languedoc.
CLARETE: Nome dado pelos ingleses ao vinho tinto de Bordeaux. A palavra designa um vinho rosado e é uma deturpação de Clairet.
CLARIFICAR: Livrar o vinho das partículas em suspensão, resultantes dos processos de produção ou de envelhecimento, sinônimo de filtrar.
CLASSÉ: Termo francês que indica que o vinho foi oficialmente classificado, muito usado em Bordeaux como para os Grand Cru Classé.
CLÁSSICO: Termo que aparece nos rótulos de alguns vinhos, que indica que as uvas usadas vieram das vinhas da melhor área de plantio.
CLÁSSICO: Em Portugal é usado para indicar o vinho de uma colheita excepcional.
CLEAR LAKE: Região produtora dos Estados Unidos, onde se usa a uva Sauvignon Blanc.
CLIMAT: Termo usado em Bordeaux para designar um pedaço de terra.
CLONE: Subcasta que apresenta parte das características da casta original.
CLONE 587: Malbec Francesa.
CLÓS: Termo francês que indica um vinhedo que foi ou é cercado por muros. Em Portugal se chama Tapada.
CÓDEGA: Cepa branca portuguesa da Região do Porto.
COGNAC: Conhaque em português é a aguardente vínica mais famosa do mundo, produzida na região de mesmo nome na França.
COGNAC: Região Demarcada da França, localizada logo ao norte de Bordeaux, dividida em Grand Champagne, Petite Champagne, Borderies, Fins Bois, Bons Bois, Bois Ordinaire e Bois Communs. Local de produção de uma bebida feita a partir da destilação do vinho para aumentar a vida da bebida, formando uma bebida mais escura e mais alcoólica, que ficou conhecida no mundo como Conhaque ou Brandy.
COLAGEM: Processo de clarificação do vinho, através da adição de clarificantes, antes de seu engarrafamento. O método consiste em adicionar ao vinho um colóide que vai aderir aos resíduos que estão em suspensão, fazendo com que decantem. Depois se faz a trasfega. Os produtos mais usados são: clara de ovo batida, a cola de peixe, a caseína ou bentonita.
COLLAGE: Termo francês para Colagem.
COLARES: Vinho tinto português quase tão famoso quanto o Porto, Tem sabor muito particular e é envelhecido em tonéis de mogno.
COLHEITA: Retirada da uva da videira.
COLHEITA TARDIA: Colheita realizada após o momento de maior maturação da uva, quando os bagos começam a murchar ainda na vinha e existe uma maior concentração de açúcar.
COLHEITA TARDIA: O termo designa um vinho feito com uvas colhidas mais tarde que o normal
COLOMBARD: Cepa vinífera de Côte du Rhône.
COMPLETO: Diz-se do vinho pronto para o consumo.
COMPLEXO: Com muitos aromas e sabores, muitas vezes difíceis de identificar.
COMPONENTES ESTRUTURAIS: Termo que se refere ao álcool, ácido, tanino e açúcar.
COMUM: Vinho de qualidade muito baixa, chamado de vin ordinaire na França. No Brasil se refere a vinhos feitos com uvas não viníferas.
COMUNA: Subdivisão de uma região demarcada, como uma vila. Os vinhos podem variar de uma comuna para outra, mas não devem ser muito diferentes dentro da mesma comuna.
CONCENTRADO: Termo que indica aromas e sabores densos, não aguados.
CONCHA Y TORO: Maior vinícola do Chile, fundada em 1883, quando Dom Melchor de Concha Y Toro levou para o país as primeiras mudas de cepas francesas. O principal rótulo da casa é o Dom Melchor e produz o famoso Casillero Del Diablo. É uma marca muito conhecida no Brasil por conta de uma boa relação custo/benefício em algumas de suas linhas, como a Concha Y Toro Reservado e a Sunrise.
CONDE DE FOUCULD: Marca de vinhos brasileiros de Bento Gonçalves, Serra Gaúcha.
CONSTANTIA: Sub-região da Região Litorânea, com vinhedos em encostas, o que favorece a drenagem já que a área é muito chuvosa e não precisa de irrigação. Lá se produz o famoso vinho Constantia.
CONSTANTIA: Vinho feito na sub-região de Constantia.
COONAWARA: Considerada a melhor região vinícola australiana.
COQUIMBO: Região produtora do norte do Chile, dividida em Vale do Elqui e Vale do Limari, que ainda não conseguiram o padrão de qualidade de outras regiões.
CÓRDOBA: Cidade da Espanha, produtora de vinhos de qualidade.
CORNIFESTO: Cepa tinta da Região do Porto.
COROA: Círculo de espuma que se forma na taça flauta quando um espumante é vertido.
CORPO: Sensação física do vinho na boca, sensação de boca cheia, deixado por seu teor de componentes estruturais.
CORPULENTO: Muito encorpado.
CORSÉ: Qualidade do vinho rico em buquê e grau alcoólico, o que dá a sensação de boca cheia. O mesmo que corpo.
CÓRSEGA: Ilha do Mediterrâneo que pertence à França, com vinhedos moldados pelas montanhas e pelo mar. Os gregos levaram as primeiras videiras no Século V a. C. A maioria dos vinhos corsos são tintos, principalmente das cepas Nielluccio e Sciacarello, ambas originárias da própria ilha. A influência italiana vem da época em que a ilha foi dominada por Pisa e depois por Gênova. Também se produz uma variedade chamada de Vermentino. A ilha produz alguns rosados e pouquíssimos brancos.
CORTE: Processo de misturar vários vinhos de uvas e safras diferentes, para obter um produto único, diferente dos demais. Cada enólogo faz sua receita de corte.
CORTESE: Cepa branca do Piemonte, onde se produz o Cortese del Piemonte.
CORTIÇA: Matéria prima para a fabricação das rolhas, retirada da casca do Sobreiro, árvore nativa do Mediterrâneo.
CORVO DUCA DI SALAPARUTA: Vinho tinto siciliano, de aroma agradável e aveludado. Deve ser consumido entre três e quatro anos.
COSECHA: Colheita em espanhol.
COT NOIR: A mesma Malbec.
CÔTE: Palavra francesa que designa a parte lateral das colinas. Normalmente, estas áreas dão vinhos menos nobres que os de outras áreas. Em se tratando de vinhos, indica qualidade inferior aos dos clós e châteaus.
CÔTE D’OR: Significando Encosta Oriental e não do ouro, onde o sol bate pela manhã. Esta é uma sub-região vinícola da Borgonha que se divide em Côte de Nuits e Côte de Beaune, onde se encontram os melhores tintos da região, como: Le Chambertin, Le Musigny, Bonnes Mares, La Romaneé-Conti, e Lê Montachet.
CÔTE DE BEAUNE: Sub-região da Cote d’Or, onde são produzidos ótimos vinhos, entre eles se destaca o Grand Cru Montrachet.
CÔTE DE NUITS: Faz parte da Côte d’Or, especialista na produção de tintos, mas existem alguns brancos. É a terra do famosíssimo e caro Romanée-Conti.
CÔTE DU RHONE: Região vinícola francesa, produtora de uvas tintas. São várias pequenas regiões, juntas pelo Rio Ródano. Ao norte tem vinhos mais complexos e com mais classe. Ao sul os vinhos são mais alcoólicos, devido à maior insolação. Terra do vinho Hermitage.
CÔTES DE PROVENCE: Sub-região de Midi, especialista em vinhos rosados.
COULANT: Termo francês que se refere ao vinho agradável de beber, que corre bem, sem ser um vinho de alta qualidade.
COUPAGE: Técnica de misturar diversos vinhos e bebidas destiladas, com o intuito de obter um produto de maior qualidade. É o que acontece com o Xerez, o Champagne e o Cognac. Hoje em dia, muitas vezes esta técnica é usada para aumentar a quantidade e não a qualidade do vinho.
CRATO BRANCO: Cepa branca da região do Algarve.
CRATO PRETO: Cepa tinta da região do Algarve.
CREAM SHERRY: Xerez denso e escuro, que recebeu a adição de vinho mais doce, com a uva pedro ximénez.
CRÉMANT: Designação francesa para os vinhos espumantes produzidos fora da região da Champanhe, mas pelo método tradicional. Estes apresentam uma pressão menor que os 5 Kg dos champagnes.
CRIANZA: Termo espanhol dado aos vinhos tintos de criação, que precisam estagiar no tonel e na garrafa por dois anos. Não significa “criança”, o que indicaria um vinho bem jovem.
CRIOLLA: Cepa rosada plantada na Argentina para produção de vinhos brancos.
CROSTA: Depósito que se forma no interior das garrafas de vinho do Porto velho. Um Porto Crostado é mais forte que um Tawny ou um Ruby.
CRU: Termo derivado do verbo "coître" [crescer em francês] de múltiplos significados. Designa os vinhos de maior qualidade, dos quais os mais importantes são: Na região de Bordeaux, "cru" tem o mesmo significado de terroir ou château, isto é, uma propriedade específica de um único produtor. Na sub-região do Médoc, os melhores vinhos são classificados em cinco níveis de "cru" (Premiers Crus, Deuxièmes Crus, etc.), seguidos dos Crus Bourgeois. Nas outras sub-regiões bordalesas, como por exemplo, Saint-Emilion, os melhores vinhos classificam-se em Premiers Grand Crus Classés e Grand Crus Classés. Na região da Borgonha, "cru" significa o mesmo que climat, isto é, uma comuna ou região delimitada com vinhedos de vários produtores que produzem vinhos semelhantes ou domaine, uma única propriedade. Os melhores vinhos da Borgonha são designados grand cru, seguidos dos premier cru.
CRUSTED PORT: Denominação inglesa para o vinho do Porto que apresenta crosta.
CUBA: Também chamada de tanque, é o local onde as uvas são postas para fermentação. Pode ser de madeira, cimento ou aço inoxidável.
CUBAGEM: É a primeira fermentação do mosto nas cubas, também chamada de fermentação tumultuosa.
CULTIVAR: Em enologia é o sinônimo de cepa. Cada variedade é um cultivar.
CUNTERBURY: Sub-região da Ilha do Norte é a quarta maior produtora de vinhos da Nova Zelândia. As vinhas de chardonnay e pinot noir correspondem a mais da metade da produção.
CURTIMENTA: Termo usado em Portugal para a vinificação de tintos onde a casca permanece em contato com o mosto durante a fermentação.
CURTIDO: Característica de vinhos licorosos que apresentam aromas de uvas passadas por ação da podridão nobre.
CUVE: Palavra francesa que designa cuba.
CUVÉE: Em francês, significa o conteúdo de uma tina ou cuba. Em português, se diz tinado. Usado para indicar que todo o vinho feito em um mesmo momento, sob as mesmas condições.
DÃO: Região produtora do Centro-norte de Portugal, na Província de Beira Alta, com 20 mil hectares quase que exclusivamente de uvas portuguesas, como: touriga nacional, alfrocheiro preto, tinta pinheira, bastardo, jaen e tinta roriz. A região produz quase que apenas tintos, com graduação alcoólica média de 12%. Esses vinhos são de coloração rubi, corpo redondo e consistência aveludada na boca.
DÃO: Vinho de mesa português DOC, considerado honesto. O tinto é de um rubi profundo e aveludado, os brancos são frutados, leves e aromáticos.
DÉBIL: Vinho com pouco corpo e baixa graduação alcoólica.
DECANTAR: Deixar um líquido repousar num recipiente por determinado tempo, para que os elementos sólidos e pesados desçam ao fundo, visando separar o vinho desses elementos, considerados dejetos.
DECANTADOR: Utensílio de vidro usado para decantar vinhos e para fazer o vinho respirar e melhorar seus aromas e sabor depois de aberto.
DÉCANTER: Decantador.
DÉCANTEUR: Decantar em francês.
DECRÉPITO: Vinho deteriorado, estragado.
DEFEITUOSO: Diz-se do vinho que apresenta imperfeições e características desagradáveis.
DEGOLA: Etapa da produção de vinhos espumantes, onde se congela parte do líquido dentro da garrafa a 20º negativos, para retirada dos depósitos de leveduras que estão no gargalo.
DEGOLA: Processo de abertura da garrafa de espumantes, que consiste na quebra do gargalo com o uso de um sabre. A pressão interna não permite a entrada de pedaços de vidro, mas este processo submete o vinho a uma agitação desnecessária e anti-producente para a sua qualidade.
DÉGORGEMENT: Degola em francês.
DEGUSTAÇÃO: Ato de provar o vinho para determinar seu grau de qualidade e sabor.
DELICADO: Diz-se do vinho com aromas e sabor atenuados, mas agradáveis.
DEMI-DOUX: Termo em francês, que significa meio doce.
DEMI-SEC: Termo em francês, que significa meio seco, ligeiramente doce, com percentual de açúcar residual acima de 5%.
DENOMINAÇÕES: VQPRD – (Vinho de qualidade, produzido em região demarcada). São regras de produção de vinho, desde o plantio até o engarrafamento, específicas de cada região. Esta expressão se refere a um modo de produzir vinho em uma determinada área produtiva, regulamentada e controlada pelo Governo, visando à obtenção de um vinho de qualidade. Aqui estão os DOs, DOCs, DOCGs, AOCs, Qualistatenwein, etc.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM: É o DOC da Espanha.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA: Um vinho com essa denominação, ou classificação, são aqueles produzidos em uma região demarcada segundo as regras locais de produção e com as cepas permitidas.
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA E GARANTIDA: Um vinho assim classificado tem as mesmas características do DOC, mas tem o controle e supervisão de alguma instituição que confere a garantia.
DENSÍMETRO: Aparelho usado para medir a densidade do mosto da uva antes do início da fermentação. Também chamado de mostímetro.
DENSO: Encorpado.
DEPÓSITO: Sedimentos que ficam no fundo do local onde se guarda o vinho. Muitas vezes são agrupamentos de moléculas de tanino, que se unem e crescem, ficando visíveis ao olho humano.
DESAROLHAR: Tirar a rolha de uma garrafa de vinho.
DESARMÔNICO: Desequilibrado
DESAVINHO: Ausência da fecundação dos ovários da videira pelo pólen, causada por frio excessivo, chuva em demasia ou uma primavera precoce, o que ocasiona problemas de redistribuição de açúcares no interior da planta, que levam as flores e as uvas a murcharem antes do desenvolvimento completo.
DESBALANCEADO: Diz-se do vinho desequilibrado.
DESBORRE: operação que consiste em separar a borra do mosto antes de iniciada a fermentação.
DESCUBA: Operação de transferência do vinho de uma cuba para outra, para o novo processo de fermentação. Também se diz da retirada final do vinho da cuba antes de engarrafá-lo.
DESENGAÇAR: Etapa da produção do vinho que consiste em separar o mosto dos engaços
DESEQUILIBRADO: Diz-se do vinho que apresenta falta de equilíbrio entre acidez, doçura, adstringência e álcool. Algum dos agentes se sobressai aos demais.
DESMAIADO: Diz-se do quer perdeu suas características essenciais.
DESSERT WINE: Termo inglês para vinho de sobremesa.
DEUTSCHER TAFELWEIN: Dentro da mais baixa classificação alemã, o produto assim identificado corresponde ao vinho feito com uvas alemãs de uma das oito zonas determinadas. Corresponde ao vin de table francês.
DILUÍDO: Diz-se do vinho aquoso, aguado.
DIMYAT: Cepa branca búlgara, chamada de pérola do mar Negro. Dá vinhos esverdeados.
DIÓXIDO DE ENXOFRE: Também chamado de gás sulfuroso, é um conservante que permite o desenvolvimento das leveduras do vinho.
DIUNISIUS: Deus grego do vinho.
DO: Denominação de Origem. Ver também Denominações.
DOC: Denominação de Origem Controlada. Ver também Denominações.
DOCE: Vinho com alto teor de açúcar residual. Raramente é defeito, pois os melhores vinhos de sobremesa são doces.
DOCG: Denominação de Origem Controlada e Garantida. Ver também Denominações.
DOLCETTO: Cepa da região do Piemonte que produz vinhos secos, agradáveis, para consumo enquanto jovens.
DOM PÉRIGNON: Monge da abadia de Hautvilles, da região da Champanhe que descobriu ou criou o método de produção de espumante no qual a segunda fermentação ocorre dentro da garrafa, também chamado de Método Champenoise.
DOM PÉRIGNON: Mundialmente famoso champagne.
DOMAINE: Termo francês que significa propriedade rural particular. Local onde o vinho foi feito.
DONA BRANCA: Cepa branca do Dão.
DOP BRANDY: Aguardente de bagaço produzida na África do Sul.
DORDONE: Rio que banha a região de Bordeaux que se une ao Rio Garonne para formar o Rio Gironde, o mais importante da região.
DOS: Denominação italiana que significa Denominazione di Origine Semplice ou Denominação de Origem Simples, aquela que apesar de ter denominação de origem, não chega a ser um DOC.
DOSAGE: É o processo de misturar uma quantidade de açúcar, vinhos prontos ou conhaques aos champagnes, depois da degola. Este processo determinará se será brut, extra-dry, sec ou demi-sec. A esta mistura dá-se o nome de licor de expedição.
DOURO: Primeira região demarcada do mundo, em 1756, localizada em Portugal, onde se produzem os mais famosos vinhos do país, o vinho do Porto.
DOUX: Termo francês que significa doce e designa os vinhos espumantes naturalmente doces. Quando indicado no rótulo se refere ao máximo de 10% de açúcar residual.
DRY: Seco em inglês.
DRY CREEK: Sub-região de Sonoma, que produz bons vinhos de Zinfandel.
DURBANVILLE: Sub-região da Região Litorânea, onde os tintos são maioria. A brisa fria do oceano ameniza o calor e diminui a incidência de fungos nos vinhedos.
DURIFF: Casta californiana, também conhecida como Petit Syrah.
DURO: Vinho muito tânico e ácido.
DUTCHESS: Casta americana, cultivada na cidade de mesmo nome no Estado de Nova York.
EAU DE VIE: Termo francês para aguardente vínica.
EDAFOLÓGICO: Relativo ao solo.
EDELFÄULE: Termo alemão para Podridão Nobre.
EDELWICKER: Termo que designa vinhos da Alsácia feitos a partir da mistura de uvas nobres, não podendo ser varietal.
EDEN VALLEY: Local de produção de uvas, na Região de Adelaide, onde são produzidos os melhores Riesling do país, de sabor quase idêntico aos alemães.
EDNA VALLEY: Região demarcada da Califórnia, que tem grande produção de Chardonnay.
EFERVESCÊNCIA: Propriedade dos vinhos espumantes e frisantes, devido ao anidrido carbônico, que causa a subida de bolhas do fundo do recipiente, a perlage, sendo responsável pela sensação de refrescância que tais vinhos passam.
ÉGRAPPAGE: A operação em que as uvas são retiradas do engaço antes da prensagem, para que o tanino não se misture ao mosto.
ÉGRAPPOIR: Máquina que faz o égrappage.
EINZELLAGEN: Termo alemão para as vinhas de um único produtor.
EISWEIN: Alta classificação alemã. Vinho elaborado com uvas maduras não botritizadas, prensadas, congeladas em pleno inverno, o que faz com que a água cristalizada não escorra, aproveitando-se apenas o açúcar e acidez, resultando num vinho de perfeito equilíbrio, menos doce, que deve ser tomado após envelhecimento.
EL DORADO: Região demarcada da Califórnia, que tem grande produção de Merlot e Sauvignon Blanc.
ELBLING: Cepa branca cultivada em Luxemburgo e Lorraine (França), além da Alemanha, onde se chama Kleinberg.
ELEFANTENWEIN: Vinho do elefante, numa tradução literal. É um vinho da região de Tübingen na Alemanha, elaborado com uvas muito resistentes. Diz-se que as uvas são tão duras que só um elefante pode esmagá-las.
ELEGÂNCIA: Atributo do vinho que se mostra de maneira delicada e não intensa ou poderosa.
ELTVILLE: Sub-região produtora da região do Reno.
ELVIRA: Casta americana, cultivada no Estado do Missouri, usada principalmente na produção de espumantes.
EMILIA-ROMAGNA: Região vinícola da Itália, com predominância da uva Lambrusco, com a qual se faz um vinho frisante de mesmo nome. Seus vinhedos são altos e sofrem a influências dos ventos do Mar Adriático. Se faz a prática do Passito.
EMPOADO: Vinho turvo.
ENCÉPAGEMENT: Termo francês que designa as diversas castas que compõem um determinado vinhedo ou área plantada.
ENCORPADO: Vinho que apresenta boa estrutura e dá, na boca, sensação de peso, de boca cheia.
ENCRUZADO: A mais importante casta branca do Dão.
ENGAÇO: Nome que se dá ao talo, ou ramos, das uvas. Parte da parreira à qual se prendem as frutas. O engaço é fonte de Tanino.
ENGARRAFADO NA ORIGEM: Diz-se do vinho que é produzido e engarrafado na propriedade do plantio das uvas.
ENOCHATO: Pessoa desagradável que usa os conhecimentos que tem, ou acha que tem, sobre o mundo do vinho de forma esnobe, para se pavonear.
ENÓFILO: Apreciador e estudioso de vinhos.
ENOLOGIA: Ramo do conhecimento que estuda o vinho. É a ciência da preparação, produção e conservação do vinho.
ENÓLOGO: Profissional formado em faculdade de enologia. É o responsável técnico pela fabricação do vinho.
ENOTECA: Coleção de garrafas de vinho, cheias ou vazias, para estudo. Normalmente estão localizadas em universidades ou outros locais onde se estuda o vinho.
ENTRE-DEUX-MERS: Maior sub-região de Bordeaux, localizada entre os rios Garonne e Dordogne, razão do nome que significa entre dois mares. De solo muito fértil, não produz vinhos de grande qualidade. Produz brancos melhores que os tintos, a partir de Sémillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle,
ENVASADO: Engarrafado.
ENVELHECIDO: Vinho que passou um determinado tempo guardado em uma cave, para que progredisse, estagiando não só no barril, mas também na garrafa, uma vez que o vinho não pára de envelhecer depois de envasado. Normalmente são vinhos encorpados.
ENVELHECIMENTO: Processo no qual os vinhos envelhecem para amaciar seus elementos e desenvolver qualidades de sabor e aroma.
ENXERTIA: Técnica utilizada para defender a vinha da filoxéra, que consiste em implantar uma planta da variedade vinífera numa raiz, ou cavalo, de variedade americana, resistente a esta praga. Este processo não prejudica a produção vinha, mas diminui seu tempo de vida.
ENXOFRE: Elemento químico não metálico, de coloração amarela, usado para desinfecção e proteção dos vinhos. Quando o seu odor, que lembra o cheiro de ovo podre, está muito pronunciado é sinal que o vinho está morto.
ENZIMAS: Substâncias naturais encontradas na uva, de grande importância para o processo de fermentação.
EQUILIBRADO: Diz-se dos vinhos que apresentam equilíbrio.
EQUILÍBRIO: Situação em que os componentes estruturais apresentam uma boa proporção, especialmente álcool e acidez.
ERBACH: Localidade da região do Reno.
ERMITAGE: O mesmo que Hermitage, sendo esta última grafia a mais usada.
ERZEUGERABFÜLLUNG: Termo alemão que indica que um vinho foi engarrafado na origem.
ESCASSO: Termo para o vinho inexpressivo. Pode se referir aos aromas, sabores ou a sua estrutura.
ESCANÇÃO: Responsável pelo serviço, guarda e comercialização de vinhos de um restaurante, o mesmo que sommellier.
ESGANA CÃO: Casta branca das regiões de Bucelas e Douro.
ESGOTADOR; Utensílio para realização do esgotamento.
ESGOTAMENTO: Processo onde o bagaço perde a maior parte do líquido por ação da gravidade.
ESPADEIRO: Casta tinta portuguesa.
ESPALDEIRA: Sistema de condução de videira em forma de cerca, que consiste em guiar os galhos pelos fios da cerca, de modo a propiciar uma maior insolação nos frutos, visando à concentração de açúcar. É o método usado para uvas viníferas, mas não é recomendado para locais muito quentes e de grande insolação.
ESPALLIER: Termo francês para espaldeira.
ESPANHA: País da Península Ibérica é o terceiro maior produtor da Europa, famosa por seu vinho fortificado, o Jerez. É formada por um vasto planalto central (Meseta) cercado por maciços montanhosos, com a vinicultura sendo praticada em todo o território. As principais Regiões Produtoras são: Rioja, Navarra, Aragão, Castela-Leão, Catalunha, galícia, país Basco, Andaluzia, Jerez, Málaga e Castela la Mancha.
ESPUMANTE: Vinho efervescente, com gás carbônico, que deve ser fruto da fermentação natural da uva.
ESPUMOSO: O mesmo que frisante.
ESTADOS UNIDOS: Grande país da América do Norte, cuja produção de vinhos de alta qualidade é bem recente. É a terra da vitis labrusca e pátria da filoxéra. Produz vinhos em quase todos os estados, a exceção dos localizados no meio-norte, sendo as principais produtoras as seguintes: Califórnia, Noroeste, Nordeste, e Sul e Meio-oeste.
ESTAGIAR: Ação de fazer estágio. Diz-se que o vinho estagiou quando permaneceu algum tempo em recipientes antes de ser posto à venda.
ESTÁGIO: Tempo que o vinho precisa passar em barril de carvalho ou inox e na garrafa de vidro para que possa se desenvolver, ficar pronto para o consumo.
ÉSTERES: Substâncias formadas pelo álcool e ácidos do vinho, que dão à bebida os aromas frutados.
ESTILO: Conjunto de características dos vinhos.
ESTREMADURA: Província de Portugal, próximo a sua capital, Lisboa, a qual engloba três regiões vinícolas: Bucelas, Carcavelos e Colares.
ESTUFAGEM: Método de envelhecimento forçado do Vinho Madeira, que consiste em aquecer a cave para provocar oxidação pelo choque térmico, o que apressa o envelhecimento. Surgiu depois de se observar que os vinhos que eram embarcados em navios para longas viagens e sofriam com o calor e o balanço, voltavam melhores.
ESTRUTURA: Conjunto de todos os componentes do vinho, derivada dos componentes estruturais.
ESTRUTURADO: Diz-se do vinho que apresenta seus componentes estruturais harmonicamente proporcionais e consistentes, como: cor, corpo e graduação alcoólica.
ESZENCIA: Classificação para os refinados vinhos brancos de sobremesa Tokay da Hungria. Utiliza um processo onde muitas uvas, totalmente botritizadas, são amontoadas e estouram sob o peso das demais e apenas o caldo é usado para fermentação e produção do vinho, sem a prensagem.
ETANAL: Derivado do principal álcool do vinho. Detectável através do cheiro de maçã passada, sendo a primeira etapa da oxidação de um vinho.
ETANOL: Álcool etílico, próprio para consumo humano. Quando hidratado e misturado se torna combustível para motores a explosão. Seiu consumo por humanos deixa de ser recomendado.
EVXINOGRAD: Vinho da Bulgária feito com uvas Riesling, Cherven, Misket e Dimyat, extremamente delicado e de cor esverdeada.
EXAME ORGANOLÉPTICO: O mesmo que análise organoléptica.
EXTRA-DRY: O mesmo que extra-sec.
EXTRA-SEC: Termo francês que designa vinhos muito secos. Para os champagnes a denominação é brut.
EXTRATO SECO: Partes sólidas contidas em um vinho, exceto o açúcar.
EZERJÓ: Cepa branca húngara. Na região de Budapeste é usada para fazer um vinho que leva o mesmo nome.
FAVORITA: Casta de uva italiana.
FECHADO: Vinho que ainda não exprimiu suas características, não abriu.
FEDERWEISSER: Nome que se dá, na Alemanha, ao vinho novo local, servidos nas estalagens, logo após a vindima.
FEHER BOR: Nome que se dá ao vinho branco na Hungria.
FERMENTAÇÃO: Processo químico natural, descoberto por Louis Pasteur, no qual o açúcar da fruta se transforma em álcool, sob efeito das leveduras e enzimas, com liberação de gás carbônico e anidrido sulfuroso.
FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA: O mesmo que fermentação tumultuosa.
FERMENTAÇÃO LENTA: Outro termo para Fermentação Malolática, que assim se chama pelo tempo que leva para completar o processo.
FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA: Segunda fermentação dos vinhos, que resulta na conversão de ácido málico em ácido lácteo e gás carbônico, diminuindo a acidez da bebida. No processo Champenoise esta fermentação acontece dentro da garrafa.
FERMENTAÇÃO TUMULTUOSA: Fermentação primária dos vinhos, que acontece espontaneamente. Para a produção de vinhos de qualidade este processo deve ter a temperatura controlada.
FERNÃO PIRES: Casta branca já vulgarizada no Ribatejo. É chamada de Maria Gomes da Bairrada, Alvarinhão e Melgaço.
FIANO: Cepa branca com a qual se fazem os vinhos leves de Avelino.
FIASCO: Na Itália indica uma garrafa de vinho envolta em palha, como as da região do Chianti.
FILOXERA: Doença que ataca as raízes das vinhas viníferas, causada por um pulgão, ou piolho, chamado phylloxera vastratis, originário do leste dos Estados Unidos, levado á Europa junto com mudas de uvas americanas. Esta praga devastou quase todas as áreas de produção de uva, até que no início do Séc. XX se descobriu que a enxertia resolvia o problema. O inseto ainda hoje existe em algumas partes da Europa e dos Estados Unidos, ma não oferece mais riscos à produção.
FILTRAGEM: Processo pela qual passam os vinhos antes de engarrafados, visando à eliminação de impurezas ou bactérias.
FIM DE BOCA: Sensações finais, gustativas e olfato-gustativas, percebidas após a deglutição do vinho.
FINE CHAMPAGNE: Não é um vinho, mas um conhaque, proveniente dos melhores terrenos da região de Cognac.
FINGER LAKES: Região produtora do Estado de Nova York, importante na produção de espumantes. Os melhores vinhedos se localizam nas margens dos lagos.
FINO: Diz-se dos vinhos elegantes.
FINO: Tipo de Xerez.
FINS BOIS: Sub-região de Cognac, com uvas de pouca qualidade.
FIRME: Termo que se aplica ao vinho que não é macio, mas não chega a ser áspero ou duro. Geralmente se refere ao teor de taninos nos tintos e acidez nos brancos.
FLÁCIDOS: Vinhos que são macios demais.
FLAUTA: Tipo de garrafa comprida e fina, muita usada no Reno.
FLAUTA, Taça: A mesma taça flute, usada para degustação de espumantes.
FLEURI: Termo em francês que indica um vinho florado.
FLEXÍVEL: Diz-se do vinho cujas características são opostas ao duro.
FLOR: Película branca com aparência de flor que se forma na superfície de alguns vinhos na presença de ar.
FLORA: Nova casta híbrida, surgida do cruzamento entre Sémillon e Gewürztraminer.
FLORAÇÃO: Fase da videira em que as flores, que se tornarão frutos, começam a aparecer. Nesta fase se faz a poda.
FLORADO: Diz-se do vinho que apresenta aromas de flores de diversos tipos, como jasmim, rosas, etc.
FLORES DA CUNHA: Cidade da Serra Gaúcha, produtora de vinhos.
FLÛTE: Flauta em Francês, é o nome da garrafa usada na Alsácia e no Reno.
FLUTE: Taça alta e longa para espumante que, pelo modelo, favorece a percepção e persistência do perlage.
FOLGAZÃO: Casta vinífera da região do Dão.
FONTAINE DU VIN: Eram fontes das quais jorravam vinhos, usadas nas festas da vindima e em datas comemorativas na Idade Média. Hoje algumas comunas ainda usam para comemorar a festa da vindima.
FORDITAS: Tokay que se obtém juntando mosto novo ao bagaço do Tokay Aszú, o que provoca a segunda fermentação.
FORTIFICAÇÃO: Processo que consiste em fixar a fermentação alcoólica através da adição de álcool neutro, sendo o mais usado a aguardente vínica.
FORTIFICADO: Vinho que foi submetido ao processo de fortificação, como o vinho do Porto, o Marsala e o Jerez.
FORTIFIED WINE: Termo em inglês para vinhos fortificados.
FORZATO: Palavra italiana para uvas super-maduras.
FOUDRE: Termo francês que designa um tonel com capacidade para mil litros, usado na Alsácia.
FOXADO: Derivado do inglês "foxed", representa o odor e gosto de pêlo de raposa, típico de uvas americanas, como as da espécie Vitis labrusca ou de híbridas. Diz-se dos vinhos com cheiro de uva.
FRACO: Diz-se dos vinho sem personalidade.
FRAIS: Termo em francês usado para vinhos que, em temperatura ambiente (na França) dão uma sensação de frescor agradável.
FRANÇA: Maior produtor e consumidor mundial de vinho, berço das principais variedades de uvas viníferas usadas em todo o mundo. Produz vinho desde que era colônia romana e se chamava Gália, conquistada por Júlio César em 120 a.C. Em 80 d.C. sua produção já superava a da Itália e em 92 o Imperador Domiciano manda arrancar as vinhas para proteger a hegemonia de Roma. É dividida em várias regiões, com demarcações desde 1855. As regiões são: Bordeaux, Borgonha, Loire, Graves, Sauterne, Champagne, Côtes du Rhône, Jura, Sabóia, Provence, Languedoc, Roussillon, Córsega e Jurançon.
FRANCO: Vinho absolutamente ausente de defeitos.
FRANCÔNIA: Região vinícola da Alemanha, cujos vinhos são diferentes de todas as demais regiões produtoras. São mais secos, encorpados e acompanham muito bem a refeição, feitos principalmente com Sylvaner.
FRANKEN: Francônia em alemão.
FRANKENWEIN: Vinho produzido na região da Francônia.
FRANSCHHOEK: Distrito produtor da região de Paarl.
FRASCATI: DOC branco italiano, produzido na região do Lácio, próximo a Roma, onde é bebido com se bebe cerveja no Brasil. Seco, leve e frutado, deve ser consumido antes de completar um ano.
FRECCIAROSSA: Vinho italiano muito leve, da região da Lombardia.
FREDONIA: Casta tinta de bom rendimento muito usada em Nova Jersey.
FREE RUN: Termo inglês para o primeiro caldo da primeira prensagem de uvas.
FRESCO: Vinho de boa acidez e frescor.
FRESCOR: Sensação agradável transmitida geralmente pelos vinhos brancos, jovens ou espumantes, resultante de uma ligeira predominância da acidez, sem perder o equilíbrio.
FRISANTE: Vinho menos efervescente que os espumantes. Muitas vezes com adição de gás carbônico não proveniente da fermentação natural da uva.
FRIULI-VENECIA GIULIA: Região vinícola italiana, produtora de bons vinhos com as cepas brancas: Tocai Friulano, Malvásia, Verduzzo, Riesling Itálica, Chardonnay, e Pinot Blanc; e as tintas: Refosco, Schioppettino, Merlot, Cabernet Franc e Pinot Noir. Alguns de seus vinhos não passam pela segunda fermentação, a fermentação malolática, e nem pela madeira.
FRIZZANTE: Frisante em italiano.
FRUITÉ: Frutado em francês.
FRUTADO: Que tem os aromas e sabores que lembram frutas. É um termo amplo, em alguns casos o aroma ou o sabor frutado do vinho pode ser descrito de forma mais precisa, como um buquê que lembra frutas frescas, secas ou curadas, como maçãs frescas, figos secos ou geléia de morango.
FRUTOSE: O açúcar mais doce da natureza, encontrado nas frutas.
FÜDER: Tonel de mil litros usado na região de Mosel. Na Alsácia chama-se Froude.
FUGAZ: Indica características quase não perceptíveis, muito ligeiras.
FUMARIUM: Antigo celeiro romano onde os vinhos eram expostos à fumaça, buscando maior longevidade.
FUMIGAÇÃO: Operação que consiste em queimar enxofre num tonel, para matar as bactérias e leveduras indesejadas.
FUNCHAL: Capital da Ilha da Madeira, onde são envasados e comercializados seus famosos vinhos.
FUNGO: Grupo de organismos heterotróficos classificados como um reino pertencente ao Domínio Eukaryota. Estão incluídos neste grupo organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas microscópicas, como bolores e leveduras.
FURMINT: Uva húngara usada na produção do Tokay.
FÜT: Termo francês para tonel.
GAGLIOPPO: Cepa italiana da Calábria.
GAIOLA: Mordaça.
GALEGO DOURADO: Casta Branca da região demarcada de Bucelas.
GALGENWEIN: Tipo de vinho alemão, cuja tradução literal é “vinho da forca”, que deve esse nome ao fato de que, de tão forte, deixa quem bebe sem conseguir respirar.
GALLISATION: Galização.
GALIZAÇÃO: Nome dado a Chaptalização na Alemanha.
GALLO: Maior vinícola do mundo, instalada na região de Sonoma na Califórnia.
GAMAY: Cepa tinta da região de Beaujolais. Seus vinhos têm sabor leve e frutado e devem ser bebidos ainda jovens.
GAMZA: Principal casta da Bulgária.
GARGANEGA: Principal cepa de Soave, na região do Vêneto. Produz o vinho branco mais conhecido da Itália que é seco, levemente frutado e de aroma suave.
GARIBALDI: Cidade da Serra Gaúcha, produtora de ótimos vinhos.
GARNACHA: Cepa espanhola, conhecida em outros locais como Alicante, Alicantina, Grenache e Carignane.
GARRAFEIRA: Termo encontrado em algumas garrafas de vinhos portugueses, indicando que foi envelhecido na garrafa. Equivalente a Reserva Especial.
GÁS CARBÔNICO: Também chamado de Dióxido de carbono, é o gás resultante do processo de fermentação natural do mosto, presente em frisantes e espumantes.
GASCONHA: Região produtora da França, especializada em Malbec, também chamada de Cahórs.
GASEIFICADO: Frisante. Vinho que se tornou espumante artificialmente, pela adição de gás carbônico.
GATTINARA: Vinho tinto da região do Piemonte, um dos mais importantes da Itália.
GAY-LUSSAC, Joseph: Químico francês que viveu nos Séculos XVIII e XIX, a quem se deve a fórmula da fermentação e teor alcoólico de bebidas.
GEBIET: Termo alemão que significa região.
GENÉRICO: Diz-se do vinho que não contém gás carbônico.
GENÉRICO: Termo usado no Brasil e na Califórnia para vinhos que não apresentam no rótulo o nome da cepa, o contrário de varietal.
GENEROSO: Diz-se do vinho alcoólico, mas equilibrado de corpo.
GENOVESELLA: Casta da Córsega.
GEROPIPA: Tipo de vinho denominado de “vinho abafado” por ter a fermentação abafada, interrompida pela adição de aguardente vínica, muito comum em Portugal.
GEWÜRZTRAMINER: Cepa originária da região de Tramin, norte da Itália, hoje encontrada na Alsácia e Alemanha. Em alemão significa ”uva picante do Tramin” uma cidade que, na verdade, está localizada no norte da Itália, onde se fala alemão. Esta uva é maravilhosamente exótica, produz vinhos aromáticos e de cores razoavelmente intensas. A cepa costuma ter muito açúcar e pouca acidez, por tanto de alto teor alcoólico e suave. O melhor vinho desta casta é o que é feito na Alsácia, e este vinho não envelhece muito bem. Suas características são: Cor: Apresenta uma cor acentuada e levemente dourada; Aroma: Seu odor traz lechia, especiarias doces, rosas; Paladar: um vinho de baixa acidez traz também um toque de pimenta e café.
GIRÓ DE SARDENHA: Casta tinta de vinhos de sobremesa, muito doce, produzido na ilha da Sardenha.
GIRONDE: Região francesa dentro da qual está localizada a cidade de Bordeaux, cujo nome deve ao rio que banha a região.
GISBORNE: Sub-região da Ilha do Norte, ainda tem a predominância da cepa müller-thurgau, mas vem produzindo chardonnay e gewürztraminer.
GLACIER: Vinho branco produzido na região de Valais (Suíça). É assim chamado por permanecer alguns meses em altas altitudes.
GLERA: Cepa italiana.
GLICERINADO: Indica vinho untuoso, geralmente bem alcoólico e com glicerina, o que leva à formação de lágrimas grossas.
GLICOSE: Açúcar natural das frutas.
GOETHE: Casta da variedade americana, muito cultivada no Brasil.
GORDO: Impressão que o vinho deixa na boca. Termo associado a vinhos provenientes de climas quentes e feito com uvas muito maduras.
GORDO: Amanteigado.
GOSTO RESIDUAL: Fim de boca.
GOTA: Diz-se do suco das uvas muito maduras que escorrem naturalmente das frutas durante a colheita e o transporte até a adega.
GOUVEIO: Casta branca da região do Douro. Também é conhecida como Verdelho.
GRACIANO: Casta de Rioja.
GRADUAÇÃO ALCOÓLICA: Teor de álcool no vinho, expressa em valor percentual ou Graus GL.
GRAN RESERVA: Na Espanha, é um vinho que envelheceu pelo menos cinco anos no carvalho e na garrafa antes de sair da vinícola.
GRAN VINO: Classificação oficial do Chile para designar os melhores vinhos daquele país.
GRANACHA: Uva tinta utilizada na Espanha, conhecida na França por Grenache.
GRAND CRU: Os vinhos de mais alta qualidade de Bordeaux e da Borgonha recebem esta classificação.
GRAND CRU CLASSÉ: Classificação especial reservada por lei para os melhores vinhos de Bordeaux.
GRAND VIN: Grande vinho em francês é o termo usado para designar o melhor vinho de cada vinícola de Bordeaux. È proveniente do primeiro corte das melhores cubas de um grand cru.
GRANDE: Diz-se do vinho com qualidades excepcionais, os quais sempre são muito caros.
GRANDE CHAMPAGNE: Sub-região de Cognac.
GRANJA UNIÃO: Marca de vinhos brasileiros, produzidos em Flores da Cunha.
GRAPE: Uva em inglês.
GRAPPA ou GRASPA: Aguardente vínica, destilada a partir das cascas e resíduos do mosto de uva. Bebida típica da Itália.
GRAU GLUCOMÉTRICO: Medida da quantidade de açúcares, frutose e glicose, encontrada no vinho.
GRAUS GL: A sigla GL representa as iniciais de Gay-Lussac que estabeleceu a forma de se definir o teor alcoólico de um vinho. Cada grau GL equivale a um por cento.
GRAVE: Solo de cascalho, de boa drenagem e que conserva o calor do sol por mais tempo, aquecendo as raízes das videiras.
GRAVES: Considerada a melhor das Sub-regiões de Bordeaux.
GRECO: Casta da Calábria, usada no Greco di Gerace, e muito usada na Califórnia.
GRENACHE: Uva tinta utilizada nas Côtes du Rhône e na Espanha. Também chamada de Alicante, Alicantina e Garnacha.
GRIGNOLINO: Cepa tinta do Piemonte, de alta qualidade. Muito cultivada na Califórnia.
GRIS: Vinho rosado da região da Lorena (França), obtido se deixando as cascas em contato com o mosto por pouco tempo, recuperando a gota e fazendo a fermentação líquida.
GROLLEAU: Cepa cultivada em toda França, especialmente em Anjou, onde entra na produção dos famosos Rosés d’Anjou.
GROS PLANT: Casta do Loire.
GROSSEIRO: Vinho com excesso de corpo, pesado, duro.
GROSSLAGE: Termo alemão que se refere à reunião de vários einzellagen. Ou seja, um vinhedo formado por várias propriedades que mantém a mesma característica. É importante frisar que as propriedades rurais na Europa são muito pequenas.
GRUMELLO: Famoso vinho tinto produzido em Valentine, Lombardia, com uvas Nebbiolo.
GRÜNER VELTINER: Principal casta da Áustria.
GUMPOLDKIRCHNER: Vinho branco muito delicado, um dos melhores da Áustria.
GUTEDEL: Variação alemã da uva Chasselas, também produzida na Austrália.
GUTSNAME: Nome das propriedades alemãs, equivalente aos châteaus da França.
HALBROT: Vinho rosado para os suíços.
HARMONIZAÇÃO: Combinação perfeita entre a comida e o vinho, de modo a gerar uma sensação melhor que o sentido pelo consumo da comida ou do vinho em separado.
HARRIAGE: Casta tinta francesa, cultivada no Uruguai e no Brasil, onde é conhecida por Tannat.
HÁRSLEVELÜ: Casta branca da Hungria, usada na produção do famoso Tokay.
HAUT-ARMAGNAC: Uma das três sub-regiões de Armagnac.
HAUT-MÉDOC: Melhor área produtora da região de Médoc, Bordeaux, ladeada pelo Bas-Médoc, com vinhos tintos produzidos em platôs mais altos, com melhores condições de solo e clima, com grande concentração de graves. As cepas mais usadas são: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec e Petit Verdot.
HELBON: Vinho produzido na Síria, perto de Damasco. Na Antiguidade era o preferido dos reis persas.
HERBÁCEO: Com aroma de ervas.
HERMITAGE: Vinhedos situados na região de Cotes du Rhône, cuja principal cepa tinta é a Shiraz e brancas Marsanne e Rousanne, produzindo vinhos de grande qualidade.
HERMITAGE: Casta vinífera cultivada na África do Sul e Austrália.
HESSISCHE BERGSTRASSE: Uma das 13 regiões demarcadas da Alemanha.
HÍBRIDA: Casta ou videira conseguida através do cruzamento entre vítis vinífera com uma uva de variedade americana, buscando maior resistência a Filoxéra.
HIPOCRÁS: Vinho aromático, elaborado com vinagre açucarado, apimentado e filtrado na lã. Muito apreciado na Idade Média.
HOCHFEINSTE: Classificação alemã para vinhos de qualidade superior.
HOCK: Vinho branco alemão, da região de Hockkheim-am-Main.
HOCK: Nome aplicado aos vinhos do Reno, que se distinguem pelas garrafas baixas e marrons.
HOCKKHEIM-AM-MAIN: Hochheim: sub região de Rheingau, na Alemanha, tendo os primeiros vinhedos apenas de Riesling.
HUNTER VALLEY: Região vinícola situada em Nova Gales do Sul.
IGT: Indicação Geográfica Típica.
ILHA DA MADEIRA: Ilha do Oceano Atlântico, descoberta no Século XV a mando do rei de Portugal, que plantou vinhedos de malvásia. Sua principal característica e ter um terroir único no mundo, onde o principal sistema de condução é o de latada. O vinho lá produzido utiliza as cepas Malvásia, Sercial, verdelho, terrantez boal e tinta negra. Esse vinho é fortificado e passa pelo processo de estufagem. Depois de pronto, recebe a indicação de Vinho Madeira. Deve envelhecer no mínimo 3 anos antes de ser engarrafado, mas alguns passam mais de 40 anos envelhecendo.
ILHA DO NORTE: Região produtora da Nova Zelândia, dividida nas seguintes sub-regiões: Auckland, Waikato, Gisborne, Baía de Hawke, Wairarapa, Canterbury e Otago Central.
ILHA DO SUL: Região produtora da Nova Zelândia, dividida nas seguintes sub-regiões: Nelson e Marlborough.
IMPERIAL: Garrafa grande da região de Bordeaux, com capacidade para seis litros.
INDICAÇÃO DE ORIGEM: O mesmo que Indicação Geográfica Típica.
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA DO VALE DOS VINHEDOS: Indicação Geográfica Típica do Vale dos Vinhedos no Rio Grande do Sul, que ainda não tem uma regra de produção.
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA TÍPICA: Refere-se a um vinho produzido dentro de uma Região Demarcada, com as uvas produzidas na região, mas fora da regra de produçãolocal.
INSÍPIDO: Diz-se do vinho sem gosto característico, sem caráter.
INTENSIDADE: Grau em que se manifestam as características de aromas e sabores do vinho.
INTENSO: Termo aplicado aos vinhos que se apresentam de maneira contundente, com veemência.
I.P.R.: Indicação de Proveniência Regulamentada. As novas regiões vinicultoras de Portugal são IPR. As antigas são Denominação de Origem Controlada, DOC.
IPVV: Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos, Serra Gaúcha.
ITÁLIA: Maior produtor mundial de vinhos de grande diversidade. As principais regiões produtoras são: Piemonte, Toscana, vale do Aosta, Ligúria, Lombardia, Emília-Romana, Vêneto, Trentino, Friuli-Venécia Júlia, Úmbia, marche, Abruzzio, Molise, Puglia, Lácio, Campânia, Calábria, Basilicata, Sicília e Sardenha.
JAEN: Casta tinta do Dão.
JAUNE: Tipo de vinho branco, de coloração amarelada, produzido na região do Jura, feito com uvas colhidas tardiamente e que estagiam em tonel por longo tempo.
JEREZ: Vinho fortificado da Espanha. Ver Xerez.
JEREZ DE LA FRONTERA: Cidade da região da Andaluzia, onde é produzido o famoso Xerez.
JÉROBOAM: Grande garrafa, cuja capacidade varia de acordo com o local. Em Bordeaux tem 3 litros e na Inglaterra 4,5 litros.
JOHANNISBERG RIESLING: Nome usado na Califórnia para designar a verdadeira Riesling.
JOVEM: Diz-se do vinho novo, normalmente frutado, com acidez agradável e que não deve ser envelhecido. Também pode querer dizer vinho recém-produzido, que deve envelhecer.
JURA: Região demarcada entre a Côte d’Or e a fronteira com a Suíça, especializada na produção de vinhos diferenciados, como o Jaune.
JURANÇON: Região da França produtora de vinhos doces feitos de forma idêntica aos de Sauterne. Vinhedos altos nas encostas da cadeia de montanhas dos Pirineus.
JURANÇON: Casta de Armagnac.
KABINETT: Vinho branco seco alemão, com QmP, que nunca é chaptalizado.
KABINETTWEIN: Classificação alemã para vinhos de qualidade superior, com predicados especiais, feito com uvas colhidas no auge da vindima. Corresponde a um Reserva Especial.
KADARKA: Casta da Hungria, cultivada desde a Antiguidade pelos romanos, que chamavam de “Codarca”.
KARLOVO: Vinho branco da Bulgária, cor de palha e com perfume de rosas.
KAVA-AVA-AVA: Conhecido como vinho da Polinésia, na verdade não é vinho, pois é preparado com as raízes da Kava, uma planta da região, e não com uvas.
KLEIN KAROO: Região produtora da África do Sul, onde os verões são muitos quentes e há pouca quantidade de chuvas. Seus vinhedos são plantados nos vales dos rios e usam a água destes para irrigação. Produz os melhores vinhos fortificados do país.
KLEINER RAUSCHLING: Casta da Alsácia.
KLEINERGELBER: A mesma Kleiner Rauschling.
KNIPPERLÉ: A mesma Kleiner Rauschling.
KONSUMWEIN: Termo alemão que significa vinho de consumo, referindo-se aos vinho do dia-a-dia.
LA RIOJA: Região produtora da Argentina, que não deve ser confundida com Rioja da Espanha. O clima seco e quente beneficia os 7.500 hectares de vinhas, das cepas: torrontés, chardonnay, moscatel, cabernet sauvignon, bonarda e barbera.
LÁCIO: Ver Lázio.
LAGAR: Espécie de cuba de madeira onde são prensadas, ou pisadas, as uvas para extração do mosto.
LÁGRIMA: Gota que escorre pela parede interna das taças depois de molhada com o vinho, formada pela diferença de tensão superficial da bebida. A presença dela é componente integrante para determinação do grau de qualidade do vinho.
LÁGRIMA: Vinho branco doce fortificado, produzido nos arredores da cidade de Málaga na Espanha.
LÁGRIMA: Marca de Vinho do Porto branco.
LAKE COUNTY: Pequena, seca e quente, região da Califórnia.
LAMBRUSCO: Frisante tinto italiano, da região da Emilia-Romagna. O doce é que mais agrada e seu processo de produção é semelhante ao do champagne, com os resíduos da segunda fermentação não sendo retirados da garrafa. Hoje esta fermentação ocorre em cubas e só uma minoria é DOC.
LANDWEIN: Dentro da mais baixa classificação alemã, corresponde ao vin de pays francês, que deve ter mais açúcar no mosto e vir de umas das quinze regiões demarcadas.
LANGUEDOC: Sub-região produtora da região de Midi, maior região vinícola do mundo, que produz mais vinhos de mesa. Menos de 10% de seus vinhos são classificados como AOCs.
LATADA: Sistema de condução de videira, em forma de grade com varas e arames, nos quais os ramos da planta se enrolam. Os frutos ficam pendurados, protegidos do sol pelas folhas, ideal para frutos de mesa.
LATE BOTTLED VINTAGE (LBV): Classificação dos grandes Vinhos do Porto, que designa vinhos de uma só colheita, engarrafado entre o quarto e o sexto ano de envelhecimento em barris de carvalho. As letras LBV aparecem no rótulo ao lado do ano da safra.
LATE HARVEST: Colheita tardia em inglês.
LATE HARVEST: Vinho branco doce de sobremesa, produzido pela empresa João Pires, em Pinhal Novo. Portugal, com uvas que foram atacadas pela podridão nobre, com produção apenas em 1982, 1986 e 1988, podendo durar 20 anos. Lembra os Sauternes.
LATE HARVEST: Vinho licoroso branco de sobremesa, feito com uvas desidratadas, pela Vinícola Miolo e Terranova no Brasil.
LAZIO: Também encontrada como Lácio, é uma região demarcada localizada nas cercanias de Roma. Os vinhos mais famosos da região são o Frascatti e o Est! Est!! Est!!!.
LESTE: Maior sub-região de Mendoza, com vinhedos entre 650 e 750 metros acima do mar, havendo predomínio dos vinhos comuns. As cepas mais usadas são: criolla grande, ugni blanc, chenin blanc, malbec, bonarda, tempranillo, sangiovese, barbera, merlot e shiraz.
LEVE: Diz-se do vinho com pouco corpo e pouco álcool, porém equilibrado. Também se usa o termo ligeiro para determinar um vinho com esta característica.
LEVEDO, LÊVEDOS ou LEVEDURAS: Organismo unicelular, em forma de cogumelo, existente em plantas, inclusive nas uvas, quando é chamada de nativa, responsável pela fermentação. Hoje se pode usar leveduras secas para provocar a fermentação do vinho.
LICOR DE EXPEDIÇÃO: Mistura de açúcar, vinho e conhaque que é acrescentada ao champagne antes do arrolhamento final, para determinar as características que o vinho terá. Os champagnes que não levam açúcar no liqueur d’expédition.
LICOR DE TIRAGEM: Solução de açúcar de cana, tanino e leveduras que vão proporcionar a segunda fermentação do espumante.
LICOROSO: Classificação dos vinhos especiais de Portugal, com alta graduação alcoólica que deve estar entre 16 e 20 graus GL, conseguidos com adição de aguardente vínica.
LICOROSO: Vinho com graduação alcoólica superior a 14%, produzido no Brasil.
LIE: Resíduos de tártaro que ficam no fundo de cubas e tonéis.
LIEBFRAUMILCH: Vinho branco alemão, feito de Riesling, Sylvaner ou Muller-Thungau. Vinho muito leve cuja qualidade pode variar de acordo com o produtor. Seu nome “Leite de Nossa Senhora” se deve ao fato de ser feito, originalmente, com as uvas do vinhedo da Igreja de Nossa Senhora, Liebfraumkirch. Este vinho teve grande influência na iniciação de vários brasileiros ao mundo do vinho.
LIGEIRO: Vinho leve, com pouco corpo.
LIGIERO: Diz-se da sensação de olfato e paladar muito rápida proporcionada por alguns vinhos, especialmente os jovens.
LIGÚRIA: Região demarcada da Itália, que produz vinhos comuns.
LIKÖRWEIN: Denominação alemã para os vinhos de sobremesa.
LÍMPIDO: Vinho totalmente transparente, sem partículas em suspensão.
LIQUEUR D’EXPÉDITION: Licor de Expedição em francês.
LIQUEUR DE TIRAGE: Licor de Tiragem em francês.
LISBON PORT: Vinho fabricado em Lisboa, Portugal, até o início do Séc. XX, visando conquistar parte do mercado estrangeiro do verdadeiro Vinho do Porto. Sua produção hoje é proibida.
LISTRAC: Comuna do Haut-Médoc, Bordeaux, situada nas margens pedregosas do Rio Gironde, que produz vinhos tintos robustos, encorpados e de bom prestígio, com textura mais áspera e menos polida.
LISTRÃO: Casta branca da Ilha da Madeira.
LOIRE, Vale do: Região demarcada da França, que deve o nome ao rio que banha o lugar, produtora de bons vinhos das castas Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Chasselas e Chenin Blanc.
LOMBARDIA: Região demarcada da Itália, que produz famosos vinhos de grande qualidade, como: Valteline, Frecciarossa e Lugana, usando uvas como Bonarda, Muscat, Pinot Noir, Pinot Blanc e Chardonnay.
LONGO: Diz-se do vinho que tem fim de boca prolongado. Sinal de qualidade.
LOTE: O mesmo que corte.
LOUREIRO: Cepa portuguesa da região dos vinhos verdes. Dá vinhos aromáticos e harmoniosos.
MACABEO: Viúra.
MACERAÇÃO: Processo de esmagar as uvas para retirada do mosto. Uma das etapas da produção do vinho, que pode ser mecânica ou manual.
MACERAÇÃO CARBÔNICA: Processo no qual as uvas são mantidas inteiras nos engaços e expostas a gás carbônico em ambiente hermeticamente fechado. O gás se expande e rompe as cascas das uvas, expondo o mosto, resultando num vinho frutado e leve. É o caso dos Beaujolais.
MACERAÇÃO PELICULAR: Processo de elaboração de vinhos brancos que consiste em manter as cascas em contato com o mosto para maior extração de aromas. Não se utiliza este termo para os tintos, já que precisa do contato da casca para ter cor.
MACIEZ: Atributo do vinho macio.
MACIO: Diz-se de um vinho que desce com facilidade pela garganta.
MÂCONNAIS: Sub-região da Borgonha, especialista em vinhos brancos.
MADEIRA, Ilha: Ver Ilha da Madeira.
MADEIRA, Vinho: Vinho macio, produzido na Ilha da Madeira, elaborado misturando-se aguardente de cana com o vinho comum e envelhecendo em barril de carvalho. É encontrado em quatro tipos, que variam em decorrência da uva utilizada. São eles: Sercial, Verdelho, Bual ou Boal e Malmsey. É muito utilizado na culinária e ingrediente fundamental do famoso “Molho Madeira”.
MADEIRIZAÇÃO: Oxidação do vinho branco, proveniente da idade ou de rolha defeituosa, o que dá ao vinho um sabor chamado ranço, em que se percebe a perda do frescor e do frutado, além de modificação na cor.
MADEIRIZAÇÃO: Para os fortificados Marsala, Xerez e o Madeira a madeirização é uma qualidade que realça suas características.
MADURO: Vinho envelhecido, no apogeu de suas qualidades, que irá decair depois de então.
MAGNUM: Garrafa de champagne grande, com capacidade para 1,5 litros.
MAGRO: Vinho carente de qualidade, pobre de corpo e aroma.
MÁLAGA: Vinho doce e concentrado da região da Andaluzia.
MALBEC: Cepa tinta natural de Bordeaux, que participa da composição dos vinhos do Médoc. Hoje é a principal uva da Argentina, onde faz bons tintos e rosados e chegou em 1850. Possui aroma de ameixa e amora, com taninos ásperos.
MALBEC FRANCESA: Cepa tinta desenvolvida em Cahórs - França, conhecida de Clone 587, com pequena diferenças para a Malbec usada na Argentina e Brasil. Também Chamada de Auxerrois e Côt Noir.
MALMSEY: Vinho Madeira elaborado com uvas Malvásia, extremamente doce, equilibrado e forte. Excelente para acompanhar refeições.
MALVÁSIA: Casta nobre da Madeira, mas natural da Itália. Existe outra variedade no Douro.
MALVOISE: Malvásia.
MANNEQUIN: O mesmo que Caque.
MANTEÚDO: Casta branca da Região de Moscatel de Setúbal.
MANZANILLA: Vinho seco espanhol, da região de Sanlucar de Barrameda.
MANZANILLA: Classificação do Xerez.
MARC: Na França é assim chamado o resíduo da prensagem das uvas, ou seja, a aguardente de bagaço.
MARCHE: Região vinícola da Itália, onde se produz o vinho Castello di Jesi. Usa as uvas Verdicchio e Sangiovese e muitas das garrafas lá produzidas são em forma de ânfora, preferidas pelos turistas.
MAREUIL-SUR-AY: Sub-região da Champanhe, onde além dos espumantes, são produzidos tintos de qualidade.
MARGAUX: Comuna do Médoc, Bordeaux, na margem esquerda do Rio Dordonne, com o solo mais fino da região, com maior proporção de cascalho, o que o torna muito permeável. Produz quase exclusivamente tintos, a partir de Cabernet Sauvignon (75%), Cabernet Franc, Petit Verdot e Merlot (20%). O principal vinho é o Château Margaux.
MARLBOROUGH: Maior sub-região vinícola da Ilha do Sul, especialista em vinhos brancos e espumantes das castas: Sauvignon Blanc e Riesling.
MARMETINO: Antigo vinho produzido na Sicília, tendo sido escolhido por Júlio César para comemorar seu terceiro aniversário como Cônsul de Roma em 46 a.C. Ainda hoje é fabricado um vinho com o mesmo nome e alto teor alcoólico.
MARONEANO: Vinho grego considerado o mais antigo do mundo. Era de cor escura e, segundo o costume da época, era servido diluído em água.
MARSALA: O mais importante vinho de sobremesa da Itália, produzido na cidade de mesmo nome, na Sicília. A base de sua elaboração é o Passito.
MARSANNE: Casta branca da região de Provence, muito cultivada na Argélia.
MARZEMINA: Casta vinífera, cultivada em pequena escala no Rio Grande do Sul.
MASLAS: Vinho húngaro da região de Tokay, obtido a partir do envelhecimento de um vinho jovem da região.
MATHUSALEM: Grande garrafa de Champagne, com capacidade para 6 litros.
MATURAÇÃO: Período de amadurecimento das uvas, que dura cerca de 45 dias. Durante este período a acidez diminui e aumenta o teor de açúcar na fruta.
MASTURAÇÃO TARDIA: Amadurecimento mais lento, passando de 60 dias.
MAULE: Região vinícola do Chile.
MAZUELO: Casta da região de Rioja.
MÉDOC: Mais famosa das Sub-regiões viníferas de Bordeaux, cujo nome deriva do termo latino “medio acquae”, entre as águas, pois se localiza entre o Atlântico e o Rio Gironde. Foi a última a ser usada para produção de vinhos, por conta de seu solo ser pantanoso em vários pontos. Com vinhedos nas encostas de pouca inclinação, sendo os melhores com vista para o rio, que produzem principalmente Cabernet Sauvignon, com a qual se produz os famosos: Château Lafite-Rotschild, Château Latour, Château Margaux, todos premiers crus. Apenas os tintos podem receber a Apelação Médoc de Origem. Produz também Cabernet Franc, Merlot, Petit Verdot, Malbec e Carmenére. A colheita é mecanizada e os engaços separados dos bagos antes da maceração.
MELON: Casta da Borgonha de pouca importância para vinivultura francesa.
MENDONCINO: Sub-região vinícola de North Coast, cujas principais cepas são: Cabernet Sauvignon e Zinfandel, para as tintas, e Chardonnay e Sauvignon Blanc para as brancas.
MENDOZA: Região vinícola da Argentina desde 1561, que produz cerca de 70% dos vinhos daquele país, usando as tintas: Malbec e Cabernet Sauvignon e a branca Chardonnay. Divide-se em cinco sub-regiões: Norte, Leste, Sul, Vale do Uco e Zona Alta ou Central.
MERCAPTANO: Termo que indica odor desagradável de enxofre no vinho, sinal de sua morte.
MERLOT: Famosa cepa tinta da região de Bordeaux, bem menos tânica que a Cabernet Sauvignon. Muitos vinhos são feitos de misturas destas duas uvas, para dar-lhes caráter ou amaciar. É produzida em todo o mundo, mas tem seu ápice no norte de Bordeaux, nas sub-regiões de Médoc e Pomerol, sendo a uva do caríssimo Château Petrus.
MESCLA: Corte.
METABISSULFITO DE POTÁSSIO: Produto conservante adicionado ao mosto para inibir a ação de microorganismos e leveduras nocivas.
METÁLICO: Sensação gustativa dura, seca e fria, que lembra o ferro.
MÉTODO CHAMPANHÊS: Champenoise.
MÉTODO CHAMPENOISE: Champenoise.
MÉTODO CHARMAT: Charmat.
MÉTODO RURAL: Método de produção de espumantes que consiste no engarrafamento antes de finalizada a fermentação tumultuosa, ou seja, a primeira fermentação, aprisionando na bebida o gás carbônico liberado no processo.
MÉTODO TRADICIONAL: Champenoise.
MIDI: Grande região demarcada, que tem como sub-regiões: Côtes de Provence, Languedoc e Roussillon.
MÍLDIO: Cogumelo parasita que se alimenta das partes verdes da videira. Antigamente era combatido através de sulfatagem de sais de cobre, mas hoje existem produtos sintéticos para isso.
MILLERANDAGE: Termo francês que se refere ao desavinho parcial, com flores polinizadas, mas não fecundadas. Os bagos não crescem e permanecem verdes.
MILLÉSIME: Termo usado na França para designar o ano da colheita das uvas que fazem o vinho. O mesmo que safra.
MINHO: Região do norte de Portugal onde se faz o Vinho Verde. Também chamada de Região dos Vinhos Verdes.
MISE À LA PROPRIETÉ: Em português se diz Engarrafado na Origem.
MISE EM BOUTEILLE: Significa que o vinho foi engarrafado na origem.
MISE EM BOUTEILLE AU CHÂTEAU: Termo usado em Bordeaux, que significa que o vinho foi engarrafado na origem.
MISKET: Cepa búlgara.
MISTELA: Termo que designa a mistura obtida através da adição de álcool ao suco de uva ainda não fermentado.
MOELLEUX: Termo usado na França para designar vinhos doces, mas não muito açucarados, como os Sauternes.
MOËT ET CHANDON: Importante empresa produtora de espumantes da região da Champanhe, conhecida e afamada em todo o mundo.
MOFADO: Diz-se do vinho com cheiro e sabor desagradável, causado por má higienização do tonel.
MOLAR: Casta da região de Colares.
MOLE: Diz-se do vinho sem vitalidade, aquoso demais.
MOLISE; Região produtora da Itália, pouco explorada, que sofre por conta de Abruzzo.
MONÇÃO: Localidade da Província do Minho, onde se produz o melhor Vinho Verde, o Alvarinho.
MONDA: Poda.
MONDA PRECOCE: Poda que se efetua quando os cachos das uvas ainda estão em formação.
MONOVARIETAL: Diz-se do vinho produzido com uma única cepa.
MONTALCINO: Cidade da Toscana, em cujos arredores se produz a uva Brunello, com a qual se faz o Brunello de Montalcino, um dos mais famosos vinhos italianos.
MONTEREY: Região Produtora vinícola da Califórnia, onde se produz Chardonnay e Cabernet Sauvignon.
MONTILLA: Vinho da Andaluzia, parente próximo do Xerez, produzido com uvas Pedro Ximenes. É fermentado em pequenas cubas, sendo mudado de uma cuba para outra, várias vezes, o que favorece o aparecimento da “flor”. Depois é passado para barris que já receberam outros vinhos, adquirindo as características destes.
MONTRACHET: Grand Cru da Borgonha, considerado o melhor branco da França, encorpado, rico em sabor e de aroma marcante. Pode durar até dez anos.
MONVEDRO: Casta da Região do Algarve.
MORANGUEIRO: O mesmo que americano.
MORDAÇA: Armação de metal que fixa a rolha no gargalho da garrafa de Champagne. Também chamada de gaiola.
MORETO: Casta tinta da região de Moscatel de Setúbal.
MOSCATEL: Cepa da Região do Dão, caracterizada pelo alto percentual de açúcar, dando vinhos doces ou muito suaves.
MOSCATEL DE SAMOS: Vinho grego elaborado na Ilha de Samos, com uvas do lugar. É um dos poucos DOCs da Grécia.
MOSCATEL DE SETÚBAL: Região demarcada de Portugal, onde são produzidos vinhos generosos, com graduação alcoólica entre 18 e 20%.
MOSCATEL DE SETÚBAL: Vinho meio doce, de sabor e aromas incomparáveis, próprio para harmonizar com sobremesas, produzido com as castas: Moscatel Roxa, Moscatel Branca, Tamarez, Arinto e a tinta Periquita.
MOSCATO: Uva açucarada, geralmente branca, embora existam outras variedades. Os vinhos feitos com essa cepa são sempre muito doces. A mesma moscatel ou muscat.
MOSEL: Região vinícola alemã, cujos vinhedos espalham-se por encostas quase verticais. Por conta disto, a vindima ainda é totalmente feita pela mão do homem, sem nenhuma mecanização. O Vinho Mosel é carnudo, semelhante aos vinhos do Reno.
MOSTÍMETRO: Aparelho que mede a densidade e a quantidade de açúcar no mosto, utilizando uma escala de gramas de açúcar por litro de líquido. Também chamado de densímetro.
MOSTO: Líquido resultante da prensagem da uva antes da fermentação. E a matéria-prima para a produção de vinho.
MOSTO LÁGRIMA: Sumo saído da uva sem qualquer pressão de prensa.
MOURISCO: Casta da região do Douro, utilizada nos vinhos do Porto.
MOURVÈDRE: Casta tinta da região de Midi.
MOUSSEUX: Termo francês que se refere aos espumantes produzidos fora da região de Champanhe.
MOÜT: Mosto em francês.
MUCILAGEM: Composto viscoso encontrado em suspensão no mosto em fermentação, antes da clarificação.
MUDGEE: Região vinícola da Austrália, especializada na produção de Chardonnay.
MUDO: Vinho que não revela qualquer característica peculiar.
MÜLLER-THURGAU: Cepa alemã desenvolvida a partir do cruzamento de Riesling com Sylvaner, o que foi feito para se conseguir uma riesling que amadurecesse mais cedo, mas a qualidade dos vinhos desta uva é inferior ao Riesling. É a uva do Liebfraumilch. Muito cultivada na Nova Zelândia.
MUSCADELLE: Cepa branca de Bordeaux, utilizada nos cortes de vários vinhos brancos, como os Sauternes e Graves secos. Apresenta aromas florais.
MUSCADET: Tipo de uva encontrado quase que exclusivamente na região do Loire.
MUSCAT: Casta branca plantada em todo mundo, chamada também de Moscatel e Moscato.
MUSELET: Mordaça.
MYCODERMA ACETI: Bactéria que azeda o vinho e o transforma em vinagre, também chamada de acetobacter.
MYCODERMA VITI: Bactéria que produz uma película no vinho, chamada de flor.
Fascinante. Conhecimento amplo a respeito de vinho. Grata pelo aprendizado.
ResponderExcluir